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quarta-feira 9 de fevereiro de 2022 às 08:33h

Isenção no Brasil leva a corrida por geração própria de energia

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O novo marco legal da minigeração própria de energia, a chamada geração distribuída, publicado em 6 janeiro, deu início segundo ao jornal Valor, a uma corrida por novos projetos no país. A urgência se explica pelo prazo estabelecido na norma para a gratuidade no uso das redes de distribuição. Os empreendimentos que pedirem conexão em até 12 meses após a publicação da lei estarão isentos da tarifa por 23 anos.

A Associação Brasileira de Geração Distribuída, entidade que reúne fabricantes de equipamentos e empresas que implementam projetos de minigeração, estima que os investimentos no setor alcancem R$ 35 bi neste ano. Já o crescimento na capacidade instalada previsto é de 100%, passando dos 8 gigawatts (GW) registrados em 2021 para 16 GW neste ano. “Vamos ver, de longe, o maior volume de novos projetos de geração distribuída no Brasil”, afirma a diretora da consultoria Clean Energy Latin America (Cela), Camila Ramos, ao lembrar que as empresas vão tentar se enquadrar na lei antiga.

O setor tem vivido forte movimentação na busca por recursos. O Meu Financiamento Solar, plataforma do Banco BV, prevê R$ 1 bilhão por mês em operações neste ano. O Itaú BBA, que tem visto a demanda crescer, conta com operações que somam mais de R$ 1 bilhão.

A Evolua Energia, que começou a operar em 2020, fez uma captação de R$ 123 milhões no ano passado, por meio da emissão de certificado de recebíveis imobiliários. A companhia pretende realizar nova emissão, além de usar recursos próprios, para expandir a atual capacidade de geração até o fim do ano. A ideia é atuar para além de Minas Gerais e chegar ao Nordeste.

Estudo da Cela Clean Energy nas áreas de concessão de 25 distribuidoras mostra que os projetos de geração solar fotovoltaica instalados nos telhados dos consumidores seguirão vantajosos mesmo com as mudanças das tarifas nos próximos anos. Os empreendimentos de geração remota que pedirem a solicitação de acesso até janeiro de 2023 continuarão competitivos, mas algumas iniciativas terão a viabilidade mais restrita com o passar dos anos.

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