sexta-feira 22 de novembro de 2024
Foto: Reprodução
Home / NOTÍCIAS / Irmãos somem com R$ 18 bilhões de clientes
quinta-feira 24 de junho de 2021 às 14:59h

Irmãos somem com R$ 18 bilhões de clientes

NOTÍCIAS


O bitcoin tem sido alvo de muita discussão entre analistas do mercado financeiro e CEOs de grandes empresas em 2021. No começo de junho, uma postagem com um coração partido no Twitter do bilionário Elon Musk, proprietário da Tesla, a respeito da criptomoeda levou a uma queda de 7% do bitcoin. No começo da última semana, porém, a moeda digital voltou a subir depois de Musk dizer que a Tesla poderia voltar a aceitá-la se a mineração fosse mais “verde”.

Nesta quinta-feira (24), um novo caso trouxe o bitcoin de volta ao debate. Veículos da mídia internacional, como o Business Insider e a Bloomberg, relataram que dois irmãos sul-africanos desapareceram, assim como US$ 3,6 bilhões em bitcoins. O caso pode ser o maior roubo da história da criptomoeda, criada em 2010 por Satoshi Nakamoto, pseudônimo de uma pessoa até hoje desconhecida.

Os veículos Independent Online e ITWeb, que fazem parte da mídia local sul-africana, dizem que os irmãos Ameer Cajee e Raees Cajee fundaram o aplicativo de investimento em criptografia Africrypt em 2019. Em abril deste ano, eles dispararam um comunicado a seus clientes dizendo que o aplicativo havia sido invadido por hackers, fato que teria comprometido parte dos recursos investidos.

O mais estranho da história, porém, é que Ameer, um jovem de 20 anos, teria dito aos clientes para não relatarem o incidente às autoridades locais. Isso porque, segundo ele, a polícia poderia impedir as tentativas de recuperar as 69 mil criptomoedas que teriam desaparecido – montante que chegou a ser avaliado em mais de US$ 4 bilhões em abril.

No entanto, alguns dos usuários relataram o caso ao escritório de advocacia Hanekom Attorneys, especialista em crimes civis e criptomoedas e localizado na Cidade do Cabo, capital da África do Sul. Depois que o escritório tentou procurar a dupla e não obteve vestígios, o caso foi reportado às autoridades.

“Nós estávamos imediatamente desconfiados quando eles pediram para que os investidores não tomassem nenhuma medida legal. Os funcionários da Africrypt perderam o acesso à área de back-end da plataforma [área da programação que dá sustentação a uma interface] sete dias antes que alegassem a invasão”, afirmou o Hanekom Attorneys em e-mail à Bloomberg.

O FNB, banco que sustentava o Africrypt, segundo documento obtido pelo Independent Online, negou qualquer relação com a plataforma de investimentos. “Mais uma vez, o FNB confirma que não tem relacionamento bancário com o Africrypt. Devido à confidencialidade dos clientes, o FNB não pode fornecer qualquer informação específica sobre as contas bancárias”, afirmou a porta-voz da instituição, Nadiah Maharaj.

Quando anunciou a invasão no sistema, o Africrypt teria enviado o seguinte comunicado a seus consumidores, segundo o Independent Online: “Lamentamos informar que, devido à violação recente em nosso sistema, as contas de clientes, carteiras e conexões foram todos comprometidos”, disse. “Infelizmente, isso forçou a Africrypt a interromper as operações. Pedimos a todos os clientes que sejam pacientes enquanto tentamos resolver a situação. É compreensível que queiram seguir o caminho legal, mas pedimos que reconheçam que isso só atrasará o processo de recuperação.”

Em uma investigação paralela, o Independent Online afirma que Ameer e Raees foram para o Reino Unido, pista que foi sustentada pelas buscas do Hanekom Attorneys. O escritório declarou ao site que, antes de o ataque de hackers ser revelado, uma transferência foi feita a um banco localizado no Reino Unido.

Para o fundador do Hanekom Attorneys, Darren Hanekom, a afirmação de invasão ao sistema do Africrypt está “mal colocada”. “Além disso, não temos conhecimento do status da conta (s) bancária (s) da África do Sul usada para administrar o Africrypt, exceto pelo fato de que são mantidas no FNB. No entanto, presumimos que a conta foi drenada, assim como todos os fundos dos investidores”, disse ele ao Independent Online.

Veja também

Bolsonaro pode ser preso após indiciamento? Entenda os próximos passos do processo

Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21) pelos crimes de abolição …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!