Irmãos de sangue e de armas, os caminhos de Almir Ricardo Casagrande e André Marcelo Casagrande se cruzaram novamente neste fim de ano. Ambos subtententes do Exército, protagonizaram uma calorosa transmissão de cargo de Adjunto de Comando do 2º Batalhão de Engenharia de Combate,“Batalhão Borba Gato”, no interior de São Paulo.
Em 07 de março de 1994, André Marcelo Casagrande incorporou às fileiras do Exército Brasileiro, como soldado recruta no 2º Batalhão de Engenharia de Combate. O Soldado 1208 Casagrande demonstrou grande senso de pertencimento e cultivou, com entusiasmo, os valores de patriotismo, civismo, amor à profissão e espírito de corpo, tornando-se exemplo para o irmão mais novo, Almir Casagrande.
No ano seguinte, em 13 de março de 1995, Almir também ingressou no Exército como soldado recruta, na mesma organização militar em que o irmão mais velho. Recebeu o nome de guerra “Almir” e a numeração de soldado “310”. E agora, na mais alta graduação dos praças, foi ele que transmitiu o cargo de Adjunto de Comando para sua fonte inspiração na carreira, o Subtenente André Marcelo Casagrande.
Laço forte
As coincidências são motivo de duplo orgulho para a família. Os irmãos foram promovidos à graduação de 3º Sargento Temporário nos idos de 1995 e 1996, respectivamente, o então 3º Sargento Casagrande e o 3º Sargento Almir. No ano de 1998, ambos prestaram o concurso para a Escola de Sargento das Armas, sendo aprovados e promovidos à graduação de 3º Sargento de carreira da Arma de Engenharia, no final do ano de 1999. Foram classificados para servir na mesma unidade militar, a 12ª Companhia de Engenharia de Combate Leve, retornando para a cidade natal de Pindamonhangaba.
No ano de 2004, os irmãos ainda integraram o Pelotão de Engenharia de Combate do 2º Contingente da Brigada Haiti, na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Em 2010, realizaram juntos o curso de aperfeiçoamento de sargentos na Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos, em Cruz Alta (RS).
A parceria de vida foi coroada neste fim de ano, com a transmissão do cargo de Adjunto de Comando do 2º Batalhão de Engenharia de Combate, mesma unidade em que incorporaram às fileiras do Exército, na cidade em que nasceram.
Coesão
A seleção para adjunto de comando leva em consideração, prioritariamente, a competência, a dedicação pessoal e o aprimoramento técnico-profissional. O cargo destaca a relevância dos subtenentes e sargentos mais experientes junto aos demais praças. Uma liderança importante para o incremento da capacidade operacional do Exército Brasileiro, uma gestão moderna e eficiente dos recursos humanos e o fortalecimento da coesão na Força Terrestre.