A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereadora Ireuda Silva (PRB), apresentou um projeto de indicação ao prefeito ACM Neto (DEM) sugerindo a criação do “Apito Salvador” para coibir e alertar para casos de violência. A ideia do “apitaço” surgiu na Colômbia e já é adotada em estados brasileiros como Tocantins, Goiás e Pernambuco.
“O mecanismo é simples: se uma mulher sofrer qualquer tipo de violência, dá o sinal com um apito, que tende a alertar as pessoas em volta e inibir a ação do agressor. Depois da medida, houve reduções significativas no número de espancamentos, mortes e até ameaças em Recife, por exemplo”, afirma a vereadora. Ela completa que é uma medida simples, que pode parecer fútil, mas que cumpre um importante papel, o de mobilizar o entorno da vítima.
Ireuda aponta ainda que, a cada 15 segundos, uma mulher é agredida no Brasil. Além disso, no início do ano, o Governo do Estado divulgou que a média mensal de casos de violência contra o sexo feminino cresceu 24% em um ano. “É claro que um apito não é suficiente. É preciso que se invista no básico, que a mulher tenha independência financeira, mais espaço no mercado de trabalho, penas mais duras e eficazes para os agressores, além de uma série de mudanças em nossa cultura ainda muito machista”, finaliza