No mês em que concede o Prêmio Maria Felipa a mulheres negras notáveis, a vereadora Ireuda Silva (PRB) lembra que a Independência da Bahia, conquistada em 2 de julho de 1823, teve uma contribuição inestimável de várias delas.
“A história sempre as esconde e as renega, mas muitas mulheres foram extremamente importantes em uma série de conquistas históricas, tanto no Brasil quanto em outros países. É nosso dever homenagear essas pessoas sem as quais talvez não estivéssemos aqui”, diz Ireuda, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara de Salvador.
O maior exemplo é a própria Maria Felipa, que liderou outras mulheres e, juntas, queimaram embarcações portuguesas na Ilha de Itaparica. Outra importante personagem na luta foi Maria Quitéria, que se passou por homem para participar da batalha pela independência. Também teve destaque a freira Joana Angélica, morta ao tentar impedir que soldados entrassem no Convento da Lapa.
A história da Independência da Bahia começou em 1822, mas só se concretizou mais tarde, quando, após uma batalha, as últimas tropas portuguesas fugiram de Salvador, na madrugada de 2 de julho de 1823.