Ao longo do ano de 2024, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aprovou 166 proposições de iniciativa parlamentar. Dentre as propostas aprovadas e que se tornaram leis, está o projeto de lei de autoria do presidente do Legislativo baiano, deputado estadual Adolfo Menezes (PSD). O texto promulgado pela Mesa Diretora dá ao município de Ipirá o título de Capital Estadual da Produção Industrial e Artesanal de Calçados e Artefatos de Couro.
A lei estabelece que o Poder Executivo deverá criar políticas e programas de incentivo à produção industrial e artesanal de calçados e artefatos de couro no município como instrumento de desenvolvimento territorial. Além disso, a norma prevê a realização do Festival do Couro, que acontecerá, anualmente, no mês de abril, na cidade de Ipirá, com a finalidade de dar visibilidade à produção industrial e artesanal de couro. Durante o festival, também deverá ser realizada a Exposição Estadual do Couro, denominada de Expocouro, com o objetivo de valorizar toda a cadeia produtiva do couro no território.
Ao apresentar o projeto na AL-BA, o presidente da Casa, o deputado Adolfo Menezes ressaltou que o Brasil possui o segundo maior rebanho bovino do mundo, e a Bahia, um estado com grande atividade agropecuária, possui diversos polos de produção de couro nas principais regiões do estado. Nesse contexto, citou que o município de Ipirá, devido à forte tradição pecuária do território, possui várias atividades relacionadas ao couro, como a produção industrial e artesanal de calçados e artefatos de couro.
A produção artesanal e industrial dos artefatos de couro, apontou o parlamentar, advém de localidades como Rio do Peixe, Malhador e Umburanas, locais em que a produção de bolsas, cintos, carteiras, dentre outros, se destaca. “Atualmente, em Ipirá, há três curtumes de couro em funcionamento. O couro artesanal tem em seu escopo a manufatura, baseada em ações de manualidades, de acordo com as diretrizes do artesanato da Bahia”, justificou Menezes.
Também anotou que o couro industrial, por sua vez, está voltado à industrialização coureira com expertise em fabricação de bolsas, carteiras e acessórios, tendo como escopo a qualidade industrial e a movimentação da moda do couro em nível nacional e internacional. “Os itens derivados da cadeia produtiva são comercializados em feiras livres, no Polo Comercial às margens da BA-052 e no Centro de Abastecimento da cidade”, explicou o presidente da AL-BA, lembrando ainda que a cadeia de produção e comércio do couro oferece cerca de sete mil empregos diretos e indiretos.