A inflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal índice inflacionário brasileiro, fechou o mês de agosto com queda de 0,36%. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (9) pelo IBGE.
Nos oito meses deste ano ano até agosto, a alta acumulada é de 4,39%.
Como já havia ocorrido no mês anterior, o resultado de agosto representa uma deflação, quando há variação negativa no índice. A queda de agosto foi menor do que a do mês anterior: em julho, a inflação havia variado negativamente em 0,68%.
O resultado do IPCA veio em linha com o consenso do mercado, que esperava deflação mensal de 0,4% e acumulado em 8,72%.
O número deve impactar as apostas para a taxa de juros, a Selic. A possibilidade de uma nova alta da Selic voltou a ganhar força nesta semana a partir de declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Usualmente, uma deflação acontece quando a economia está desacelerada. Mas, no caso do Brasil, as quedas têm sido puxadas sobretudo pelas desonerações de insumos como combustíveis e energia elétrica, aprovadas em junho no Congresso.
Em agosto, o maior impacto negativo sobre o IPCA veio novamente dos combustíveis, que tiveram queda de 10,82% no mês.