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terça-feira 15 de fevereiro de 2022 às 08:15h

Investimentos dos governos estaduais aumentam 84% em 2021

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Os investimentos dos governos estaduais aumentaram no ano passado a taxas bem mais elevadas segundo o jornal Valor, tanto na comparação com 2020 quanto com 2017, penúltimo ano de mandato dos governadores anteriores. Os investimentos dos 26 Estados e do Distrito Federal somaram R$ 75,9 bilhões, com alta real de 83,6% em relação ao ano anterior e avanço de 46,6% em relação a 2017.

Em fim de mandato, Estados engordam os investimentos

O crescimento das receitas em razão das transferências extraordinárias em 2020 e da arrecadação propiciaram recursos para retomar investimentos em nível maior que na gestão anterior. No geral, os recursos foram para construir estradas, hospitais, escolas e infraestrutura na área de segurança. Para este ano de eleições, parte dos Estados já planeja avançar ainda mais.

A taxa de crescimento dos investimentos em 2021 se destaca quando se levam em conta as despesas: gastos com pessoal e encargos sociais no agregado dos Estados recuaram 5,2% em termos reais em relação a 2020 e 5% em comparação a 2017. Já as despesas correntes subiram 2,9% face ao ano anterior e caíram 0,5% em relação a 2017.

Por outro lado, as receitas dispararam: no agregado dos 27 entes, ultrapassaram a marca do trilhão (R$ 1,03 trilhão), com alta de 8,1% em relação ao ano anterior e de 13,5% em comparação a 2017.

Para especialistas em contas públicas, o quadro dos investimentos foi propiciado por uma situação incomum: transferências de recursos destinadas ao combate à pandemia, além da combinação de câmbio, inflação e preços de commodities, que favoreceram as receitas dos Estados pela arrecadação própria e repasses da União.

Eles destacam, no entanto, que estes fatores são temporários e é preciso cautela na aplicação dos recursos, evitando contratar despesas permanentes. Juliana Damasceno, pesquisadora do FGV Ibre e economista da Tendências, cita a pressão por reajustes salariais de servidores em ano eleitoral. Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da RPS Capital, observa que a queda nas despesas com pessoal nem sempre resulta de ajustes estruturais.

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