Filho “zero quatro” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan se filiou ao PL nesta última segunda-feira (25) e anunciou a pré-candidatura a vereador por Balneário Camboriú, cidade no litoral de Santa Catarina. O anúncio foi feito ao lado do governador do estado, Jorginho Mello, em publicação nas redes sociais, enquanto é investigado por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e suposto tráfico de influência.
“Compatriotas sulistas, quero comunicar todos vocês que hoje eu me filiei ao PL, sou pré-candidato a vereador em Balneário Camboriú. Quero agradecer ao Governador Jorginho Mello por essa grande honra em fazer parte do time PL”, afirmou posando ao lado do agora correligionário, que preside a legenda no estado.
Nas redes, recebeu o apoio do irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP): “A única certeza é que não será fácil e a cobrança será pelo menos o dobro do normal”.
Desde março do ano passado, Jair Renan ocupa cargo de auxiliar parlamentar no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), que foi ministro da Pesca durante o governo Bolsonaro, em Balneário Camboriú. Segundo o Boletim Administrativo do Senado Federal (Basf), ele tem remuneração líquida mensal de R$ 7.642,84.
Investigações por fraude
O filho mais novo de Bolsonaro é alvo de investigações por supostamente usar um documento com informações falsas sobre a sua empresa, a Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, para obtenção de empréstimo bancário, que não foi pago. Na última semana, o agora pré-candidato foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios por crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica e uso de documento falso.
O “zero quatro” ainda é investigado por suposto tráfico de influência enquanto seu pai estava à frente da Presidência. Jair Renan era suspeito de receber um carro elétrico para beneficiar empresários do ramo da mineração. Na ocasião, ele teria ganhado um veículo avaliado em R$ 90 mil à época para, em contrapartida, facilitar o acesso a Bolsonaro e ministros de Estado.