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quarta-feira 12 de agosto de 2020 às 10:37h

Interpol e PF cumprem 12 mandados de prisão na Bahia

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A Polícia Federal (PF) e a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) iniciaram conforme informou o G1 Bahia, a 2ª fase de uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas na manhã desta quarta-feira (12). Doze mandados de prisão e outros 10 de busca e apreensão são cumpridos principalmente na Bahia, entre Salvador, Lauro de Freitas e Conceição do Coité, e também nos estados de Sergipe, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina.

Mala com drogas eram escondidas em bagagens para serem levadas à Europa foi apreendida durante operação em março deste ano — Foto: Polícia Federal
Mala com drogas eram escondidas em bagagens para serem levadas à Europa foi apreendida durante operação em março deste ano — Foto: Polícia Federal

A investigação começou em maio de 2019, a partir de denúncias recebidas pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Segundo a PF, a organização criminosa é especializada no tráfico aéreo, com o uso de “mulas”, como são chamadas as pessoas que transportam as drogas escondidas nas bagagens.

Os entorpecentes eram levados principalmente para os países da Europa e da Ásia.

Ainda entre os 12 os mandados de prisão, três estão sendo cumpridos no exterior, com o auxílio da Interpol: dois na Espanha e um na Tailândia. Os investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A operação foi chamada de Olossá. A PF detalhou ainda que em maio de 2019, quando as investigações começaram, a polícia descobriu que o proprietário de uma barraca de praia em Lauro de Freitas usava o estabelecimento para aliciar as mulas e que ele era o principal integrante da quadrilha nessa função.

Esse homem, que não teve identidade divulgada, providenciava as passagens, documentos e dinheiro para custeio da viagem. A PF apurou ainda que cada pessoa que fazia o transporte da droga recebia R$ 20 mil se conseguisse transportar os entorpecentes sem ser preso.

A Polícia Federal estima que cada transporte realizado poderia gerar lucro de quase R$ 500 mil. Durante toda a investigação, antes da operação ser deflagrada, dez pessoas foram presas quando tentavam embarcar para o exterior com cocaína escondida na bagagem.

O G1 registrou várias dessas prisões. Uma delas aconteceu em janeiro, quando um homem foi preso com cocaína escondida em mala no aeroporto de Salvador, enquanto tentava embarcar para era Portugal.

No mês de fevereiro, um casal também foi preso com cocaína na mala, com destino ao mesmo país. Ainda em fevereiro, outro casal foi preso com quase 13 kg de cocaína no aeroporto de Salvador, também tentando embarcar para a Europa. Dessa vez, o destino era a Suíça, mas também havia uma parada em Portugal.

No mês de março, mais uma mulher foi detida em flagrante no aeroporto de Salvador, transportando cocaína no fundo falso da mala, também seguindo para o país português.

Outras três pessoas foram presas enquanto faziam a entrega das malas para as “mulas”. Em março deste ano, a primeira fase da operação teve cinco pessoas presas entre Salvador e Ipiaú, na Bahia e Ananindeua, no Pará.

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