Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro demonstraram preocupação, segundo o portal G1, com o afastamento do presidente da CBF, Rogério Caboclo, poucos dias antes da realização da Copa América no Brasil. Caboclo foi afastado após denúncias de assédio sexual e moral por parte de uma funcionária da CBF.
A avaliação desse núcleo mais próximo é que o afastamento cria um “ambiente turvo” e “amplia desgaste” para a competição, que tem sido criticada por ser realizada em plena pandemia e com risco de terceira onda no país.
A maior insegurança entre auxiliares é com a dificuldade da CBF controlar a insatisfação de jogadores e corpo técnico da seleção com a realização da Copa América. No governo, a percepção é que dificilmente Caboclo terá condições de reassumir o comando da entidade.
Nas palavras de um interlocutor de Bolsonaro, uma coisa seria conter essa rebelião com Caboclo no comando. Outra coisa será enfrentar essa insatisfação na gestão interina de Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, vice-presidente que assumiu por ser o mais velho.
A avaliação palaciana é que não há risco para realização da competição no país. Mas há grande desconforto no governo com uma manifestação crítica dos jogadores com a vinda da Copa América para o país. Caboclo conduziu a negociação sem o conhecimento da comissão técnica e jogadores.
Ao mesmo tempo, também há desconforto no governo com o desgaste de imagem envolvendo Caboclo e a denúncia de assédio sexual e moral.