Integrantes do núcleo duro do governo Bolsonaro não acreditam conforme a coluna de Bela Megale, que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abrirá um processo de impeachment contra o presidente. Eles afirmam que nem se deram ao trabalho de colocar sua tropa em campo para conter a iniciativa.
Interlocutores de Maia também informaram a auxiliares de Bolsonaro que a chance de o deputado desengavetar algum pedido de impeachment é “zero”, e que hoje ele estaria mais irritado com o DEM do que com o presidente. Na noite de domingo (31), o DEM desembarcou do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato de Maia ao comando da Casa.
Ministros de Bolsonaro afirmam que, se Maia abrisse o impeachment, seria “desmoralizado”, já que a motivação para o ato seria a traição de seu próprio partido, o DEM. Também pesa contra ele tomar essa atitude no último dia de sua gestão como presidente da Câmara.
O discurso de alguns integrantes do governo é que o próprio Bolsonaro disse que torce para que Maia paute o impeachment. Apoiadores do presidente afirmam que, nesse cenário pouco provável, Arthur Lira (PP-AL), que desponta como nome com mais chances de vencer a eleição da Câmara, colocaria o tema em votação e derrubaria a investida. Lira é o candidato apoiado pelo Palácio do Planalto.