Integrantes da cúpula do governo articularam, há cerca de um mês segundo a coluna de Bela Megale, a saída do ministro Ricardo Salles da pasta do Meio Ambiente. Três opções chegaram a ser cogitadas: colocá-lo em um cargo de assessor especial ligado à Presidência, realoca-lo na Secretaria-Geral da Presidência com a saída de Jorge Oliveira para o Tribunal de Constas da União (TCU) ou ainda nomeá-lo para a Secretaria de Governo, hoje ocupada por Luiz Eduardo Ramos.
A mudança de cadeira seria de acordo com a coluna, uma maneira de tirá-lo do foco das críticas pela condução da área ambiental e recompensá-lo por ter sido um “bom soldado” na defesa das pautas do governo Bolsonaro. Salles, porém, mostrou resistência em sair do gabinete do Meio Ambiente. Para permanecer onde está, o ministro tem procurado baixar o tom e adotar uma postura de menos enfrentamento.
Mesmo assim, parte da Esplanada segue pressionando pela saída de Salles. Entre eles estão integrantes de peso da área econômica, que lidam diretamente com empresas e representantes do mercado financeiro, segmento em que o ministro não é bem avaliado. Na visão deles, por mais que se façam ações positivas, a imagem de Salles sempre vai atrapalhar. Com os militares, porém, a temperatura baixou, pelo menos, por ora.