O vereador Átila do Congo (Patriota) elevou o tom contra os senadores e deputados federais baianos após a aprovação da PEC dos Benefícios sem incluir a categoria de motoristas por aplicativos, na quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O texto aprovado contempla auxílio-gasolina a taxistas de R$ 200 mensais, uma bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil por mês e uma bolsa-taxista de R$ 200. Os motoristas por aplicativo, que atuam no mesmo segmento e são regulamentados no país, no entanto, ficaram de fora do pacote de benefícios.
Átila lembra que os autônomos continuam afetados pela pandemia da Covid-19 e a inflação em cima do preço dos combustíveis. O estado baiano perdeu, pelo menos, três mil profissionais em 2021. “Não vi nenhuma mobilização nesse sentido por parte dos parlamentares baianos que tinham o poder nas mãos de incluir emendas para ajudar a esses pais e mães de família que arriscam suas vidas transportando, inclusive, durante toda a pandemia, pacientes com Covid-19. E que enfrentam ainda a insegurança jurídica por parte das empresas os exploram cada vez mais”, brada o vereador e presidente do Sindicato de Motoristas de Aplicativo da Bahia.
A Bahia possui cerca de 22 mil motoristas por aplicativo atuantes. Átila apela que essa categoria lembre dessa atitude nas urnas em outubro. “Esses motoristas por app fazem parte de uma camada trabalhadora essencial hoje e ignorar esse fato é lamentável. Essas corridas são o sustento de famílias, movimentam a economia já que o dinheiro segue girando, estão nas ruas em horários e dias que não há a operação do transporte público, entram em todas as vielas onde ninguém vai, enfim, realizam um trabalho digno e merecem apoio e respeito do poder público”, finaliza.
A PEC estabelece o estado de emergência no país e permite que o governo federal fure o teto de gastos para aumentar o valor dos benefícios sociais há três meses das eleições presidenciais.
O custo total da proposta será de R$ 41 bilhões aos cofres públicos e ela só vale até o final de 2022. O texto agora segue para promulgação e não necessita de sanção presidencial.