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terça-feira 17 de maio de 2022 às 10:57h

Inmet admite risco de ciclone virar o primeiro furacão no Brasil

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Um ciclone subtropical pode atingir o Sul do país nos próximos dias. O alerta foi emitido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, conforme informamos mais cedo.

O fenômeno, que pode provocar ventos de 100 km/h, subiu de categoria e deve ser sentido principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a partir desta terça-feira (17). O risco de um furacão não está descartado e seria o primeiro grande registrado na história do Brasil.

Na noite desta segunda-feira, 16, a pasta e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) concederam uma coletiva à imprensa. “A gente já fazia previsão de ventos fortes quando a Marinha emitiu uma nota classificando-o na categoria superior, que é tempestade subtropical”, disse a coordenadora-geral de Meteorologia do Inmet, Marcia Seabra, ao detalhar pontos técnicos relacionados ao ciclone.

O diretor do Inmet, Miguel Ivan, destacou que o processo de classificação do ‘ciclone’, por parte da Marinha, se dá quando há, de fato, relevância sobre o assunto e, consequentemente, eventuais impactos na vida das pessoas.

“Ele pode subir na costa do Rio Grande do Sul, entre Santa Catarina, Paraná e até o sul de São Paulo. Começa nesta noite. No Rio Grande do Sul fica mais intenso na madrugada de [terça] e depois se desloca”, ressaltou.

Ainda segundo Ivan, caso esse ciclone se prolongue, “pode ser algo parecido com 2004”, fazendo referência ao furacão Catarina, que atingiu ventos de 180 km/h naquele ano. Apesar da prevenção, ele fala que existe a possibilidade de uma concentração do fenômeno em alto-mar, não gerando tantos impactos em terra, mas os ventos poderiam chegar até 200 km/h.

“[…] pode ser diferente, porque pode ser que aconteça em alto-mar e não chegue à costa [terrestre]”, prosseguiu.

O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, reforçou a necessidade da população buscar acesso aos dados da Defesa Civil, especialmente devido os alertas de risco.

“No caso de ventos de 100 km/h, precisamos primeiro orientar a população para que busque informações nos sistemas de Defesa Civil. Àqueles que estão em área de risco, pedimos que cadastrem os celulares enviando um SMS para o número 40199 com o CEP da região onde moram. A partir daí, começam a receber alertas pelo celular”, informou.

Para Braun, os ventos como esses estimados podem causar destelhamento, queda de árvores, postes e, possivelmente, interrupção de energia elétrica. “Por isso, é importante que a população evite sair de casa com a chegada desses ventos”, acrescentou.

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