Cervejas elaboradas com muito lúpulo (Humulus lupulus), como as do tipo indian pale ale (IPA), podem ser a chave para prevenir a doença de Alzheimer, sugere estudo publicado no final de outubro na revista científica ACS Chemical Neuroscience.
Os extratos da flor de lúpulo são usados como agentes estabilizadores na produção de cerveja, mas costumam ser um dos principais ingredientes na bebida do tipo IPA. Esse componente natural também está presente em chás de ervas e alguns refrigerantes, explica a versão britânica do jornal Metro.
Na pesquisa recente, cientistas descobriram que o lúpulo pode ser capaz de impedir que as proteínas beta amiloides se aglomerem em torno das células cerebrais, o que é uma das características da doença neurodegenerativa.
De acordo com o jornal, os cientistas também confirmaram as propriedades antioxidantes do ingrediente usado na cerveja.
Foram analisadas quatro variedades de lúpulo: cascade, saaz, tettnang e summit. Elas foram expostas às proteínas amiloides de células nervosas humanas. O estudo revela que o extrato vegetal é capaz de desencadear um processo de renovação chamado vias autofágicas, no qual a célula se decompõe e reutiliza partes de estruturas antigas para aumentar a eficiência.
Como mostra o Metro, o lúpulo tettnang, cultivado na Alemanha, teve o melhor desempenho, incentivando ainda mais a eliminação do excesso de proteínas no cérebro devido aos seus altos níveis de antioxidantes.
Esse tipo de lúpulo costuma ser usado em cervejas diferenciadas e mais leves.
Embora as descobertas não sugiram que as pessoas devam beber mais cerveja, pois o álcool é um fator de risco para a doença de Alzheimer, os pesquisadores afirmam que o lúpulo pode ser base para alimentos que ajudem a prevenir o risco de doenças neurodegenerativas.