A inflação de preços ao consumidor no Reino Unido saltou para 10,1% em julho, a maior desde fevereiro de 1982, acima da taxa anual de 9,4% em junho, intensificando o aperto das famílias, mostraram números oficiais nesta quarta-feira (17).
A leitura ficou acima das previsões de economistas consultados em uma pesquisa da Reuters, que esperavam que a inflação chegasse 9,8% em julho, e não fará nada para aliviar as preocupações do Banco da Inglaterra de que as pressões sobre os preços possam se enraizar.
Os números desta quarta-feira do Escritório de Estatísticas Nacionais mostraram que os preços subiram 0,6% em julho sobre junho em uma base não ajustada sazonalmente. A taxa anual de inflação dos preços no varejo atingiu 12,3%, a maior desde março de 1981.
O Reino Unido não é o único país a enfrentar o aumento dos preços, mas há sinais de que continuará lutando contra a inflação crescente por mais tempo do que outros.
O ministro das Finanças britânico, Nadhim Zahawi, disse que manter a inflação sob controle é sua principal prioridade.
O aumento dos preços da energia na Europa após a invasão russa da Ucrânia é o principal motor da inflação e deve levar o Reino Unido a uma recessão longa, embora superficial, ainda este ano, segundo o Banco da Inglaterra.