A inflação na zona do euro caiu para 1,8% em ritmo anual em setembro, o menor nível desde junho de 2021, graças ao recuo dos preços da energia, que deixou o índice abaixo da meta de 2% definida pelo Banco Central Europeu (BCE).
O resultado aumenta a pressão sobre o BCE para que a instituição prossiga com os cortes nas taxas de juros, depois de ter reduzido as taxas duas vezes desde o início e deixado a taxa principal em 3,5% na reunião de setembro.
A redução de junho foi a primeira em cinco anos, após um período de inflação elevada, provocada pela invasão russa da Ucrânia.
Segundo os dados divulgados pela agência de estatísticas Eurostat nesta terça-feira (1), os preços da energia caíram 6% em ritmo anual no mês de setembro na Eurozona, bloco integrado por 20 dos 27 países membros da UE.
Os preços dos alimentos, que entram na mesma categoria das bebidas alcoólicas e do tabaco, aumentaram 2,4%.
No setor dos serviços, os preços avançaram 4,0% em setembro, um décimo a menos que em agosto, segundo a Eurostat.
A inflação subjacente – a mais observada pelos analistas e que não inclui energia e alimentos – foi de 2,7%, um décimo abaixo do índice de agosto.
No mês de agosto, a inflação da zona do euro foi de 2,2%. Várias empresas de consultoria projetavam um índice de 1,9% para setembro.
Entre as principais economias do bloco, a Alemanha registrou inflação de 1,8%, a França de 1,5%, a Itália 0,8% e a Espanha 1,7%.
Bélgica (4,5%), Holanda (3,3%), Portugal (2,6%), Estônia (3,2%), Grécia (3,0%) e Croácia (3,0%) ficaram consideravelmente acima da média.