segunda-feira 23 de dezembro de 2024
Christine Lagarde, presidente do BC europeu, em imagem de arquivo — Foto: Francois Lenoir/Reuters
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segunda-feira 23 de dezembro de 2024 às 10:23h

Inflação está muito perto de atingir meta de 2% na zona do euro, diz Lagarde, do BCE

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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a inflação está “muito perto” de atingir a meta de 2% de maneira sustentada na zona do euro.

Em entrevista ao podcast do jornalista Martin Wolf, do Financial Times, Lagarde ressaltou que a maioria das métricas inflacionárias caminha na direção correta. “Mas acho que precisamos ser cautelosos e vigilantes”, ponderou.

“Estamos ficando muito perto do estágio em que podemos declarar que levamos a inflação de forma sustentável para a nossa meta de médio prazo de 2%”, disse Lagarde ao FT, pedindo vigilância contínua sobre a inflação de serviços.

“A última leitura que temos da inflação é de 2,2%”, acrescentou ela. “Mas a de serviços ainda está em 3,9% e não está se mexendo muito. Ela está oscilando em torno de 4%. Agora está ligeiramente em declínio.”

Assim como Lagarde, o chefe do banco central irlandês, Gabriel Makhlouf, também alertou que alguns elementos da inflação de serviços na zona do euro são um pouco preocupantes, segundo o jornal.

Retaliações a Donald Trump

Lagarde disse que se opõe a uma retaliação da Europa às ameaças de tarifas feitas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Eu disse que a retaliação é uma abordagem ruim porque acho que as restrições comerciais gerais seguidas de retaliação e essa maneira conflituosa de lidar com o comércio é simplesmente ruim para a economia global em geral”, acrescentou.

Por ora, a incerteza obscurece as perspectivas para 2025, já que as ações de Trump são praticamente impossíveis de serem interpretadas, disse Makhlouf, membro do conselho do BCE, separadamente.

Makhlouf ainda deseja cortes graduais nas taxas de juros, em vez de movimentos grandes, a menos que os fatos e as evidências mudem, disse ele. “Não vi, e no momento não vejo, a necessidade de um grande salto repentino”, disse ele, referindo-se aos pedidos para que o banco central comece a cortar os juros em 50 pontos-base.

“Não gostaríamos de complicar nosso objetivo de estabilidade de preços fazendo esse tipo de corte de segurança.”

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