Os gabaritos dos dois dias de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 foram divulgados nesta quinta-feira (14), no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Confira aqui neste link (clique).
Inicialmente, eles seriam disponibilizados em 20 de novembro, como previsto em edital, mas o cronograma foi adiantado, conforme informou o ministro da Educação, Camilo Santana, no último domingo (10).
✏️ O Enem 2024 foi aplicado nos dias 3 e 10 de novembro em todo o país. Mais de 4,3 milhões de candidatos estavam inscritos. No primeiro domingo, os alunos fizeram as provas de linguagens e de ciências humanas, além da redação, cujo tema foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. No segundo, foi a vez das provas de matemática e de ciências da natureza.
Número de acertos não determina nota final
Apesar da divulgação do gabarito, que permite ao candidato saber a quantidade de questões que acertou no Enem, ele só saberá sua nota final em 13 de janeiro de 2025.
Isso acontece por causa da Teoria de Resposta ao Item (TRI), método de correção utilizado no Enem que prioriza a coerência no desempenho dos alunos.
Se alguém acertar as questões muito difíceis, mas errar as fáceis, será “incoerente” — o sistema já detectará um possível “chute” e atribuirá menos pontos à pessoa.
Para que existe a TRI?
A TRI apresenta as seguintes vantagens em relação ao método clássico de correção:
ao detectar os famosos “chutes”, ela premia o aluno que, de fato, se preparou para a prova;
possibilita a comparação entre candidatos que tenham feito diferentes edições do exame;
torna mais improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota, já que o resultado final é divulgado com duas casas decimais (816,48 pontos, por exemplo).
📈 Por que a nota da prova não vai de 0 a 1.000?
No Enem 2023, a nota máxima na prova de Linguagens, por exemplo, foi 820,8 e a mínima, 287,0.
Ou seja: quem acertou todas não tirou 1.000, e quem errou 100% das perguntas não ficou com zero. Por quê?
Segundo o Inep, que organiza e aplica o Enem, o que determina os “extremos” da nota é o grau de dificuldade das perguntas daquela edição.
“Quando a prova for composta por muitos itens fáceis, o máximo tenderá a ser mais baixo, e quando for formada por itens difíceis, o mínimo tenderá a ser mais alto”, diz o órgão, em documento de orientação aos participantes.