O setor da construção entrou em 2021 com expectativa de crescer 4% no ano, depois reviu a projeção para 2,5% e nesta segunda-feira (26) a Câmara Brasileira da Indústria da Construção vai anunciar que o número retornará para 4%.
A redução havia ocorrido devido aos aumentos nos custos dos materiais, e agora, apesar da capacidade de produção limitada, principalmente em função do desabastecimento de aço, a expectativa de 4%, se concretizada, será o maior crescimento para o setor desde 2013.
A CBIC diz que é um crescimento deprimido, já que os aumentos impactam o desenvolvimento da construção, que cresce bem abaixo de sua capacidade. A Utilização da Capacidade Operacional das empresas do setor, por exemplo, está em 64%.
O número de empregos gerados pela construção também aponta o desenvolvimento tímido. A construção fechou o mês de maio com 2,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Nos primeiros cinco meses de 2021, o setor registrou um saldo positivo de quase 157 mil vagas. A CBIC diz que a construção poderia gerar 600 mil novos postos de trabalho este ano, sem entraves como a falta e/ou o alto custo da matéria-prima.
O problema continua sendo o principal problema enfrentado pelos empresários da construção pelo quarto trimestre consecutivo, alcançando 55,5% dos pesquisados na Sondagem Indústria da Construção.