Segundo reportagem de Hieros Vasconcelos Rego, do jornal Tribuna, o apagão que acometeu 25 estados e o Distrito Federal, na última terça-feira (15), considerado o maior já registrado no país, gerou prejuízos de todos os tipos. Passados dois dias daquele momento fatídico para o Brasil e para milhões de brasileiros, os empresários, comerciantes, empreendedores e a população em geral ainda continuam fazendo os cálculos das perdas que tiveram com mais de seis horas sem energia. O motivo do ocorrido também continua rodeado de explicações evasivas, mas já vem servindo como combustível para um caloroso debate político sobre a Eletrobras, privatizações e reestatizações.
Na Bahia, além de todos os transtornos já relatados, o setor industrial também está nesse processo de análise dos prejuízos. Entretanto, a prioridade tem sido reestabelecer a normalidade com a devida segurança e garantir o cotidiano da produção. Tanto a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), como o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (COFIC), ainda não dispõem de dados sobre os prejuízos concretos.
Segundo o Cofic, a paralisação das atividades no polo ocorreu de maneira controlada, ou seja, nenhum problema ou intercorrência foram registradas. Na região, são mais de 80 empresas que atuam de formas diferentes
O superintendente de Comunicação do Cofic, Erico Oliveira, explica que os procedimentos de retorno operacional começaram anteontem e em alguns casos aconteceram ontem por se tratar de uma indústria química. “Não para de uma forma abrupta e nem retorna de uma forma abrupta”, disse. Ainda ontem, a situação ainda era de retorno gradual.
Até o momento, conforme acrescentou o superintendente, ainda não há como informar com exatidão os danos e prejuízos que o maior apagão já ocorrido no país, gerou ao Pólo de Camaçari.
“Esse é o cenário entre ontem e hoje. O Cofic não tem como fazer uma avaliação de impacto financeiro porque é uma situação muito recente. O impacto houve, no Brasil, mas não se tem nenhuma avaliação até o momento, pois a prioridade tem sido reestabelecer as operações com segurança. Ainda não temos uma avaliação de dados, de perdas, esse levantamento não é algo que possa ocorrer de um dia para o outro”, destacou ao Tribuna.
Apesar de não existirem esses dados, é de conhecimento de todos que o apagão trouxe prejuízos. Na região Norte, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) informou que as empresas afetadas pelo apagão tiveram perda de 42% na produção prevista para o dia. Entre os demais prejuízos contabilizados, 27% são financeiros, 15% tiveram perda de matérias-primas, 8% sofreram com perda de equipamentos e 8% tiveram gasto com combustível para alimentar geradores de energia.
A Federação de Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) vai na mesma linha da COFIC, diz Hieros Vasconcelos Rego. Sabe que impactou os custos de produção, mas ainda não dispõe de maiores detalhes.
Procurada, a assessoria de comunicação informou que “o apagão ocorrido no dia 15 de agosto provocou a interrupção das atividades operacionais em empresas industriais baianas, o que deve impactar os custos de produção A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), ainda não dispõe de um levantamento detalhado sobre os eventuais impactos pr4ovocados pela queda de energia”.