A quase duas semanas das sabatinas, o ministro Flávio Dino (Justiça) e o subprocurador-geral da República Paulo Gonet começaram a buscar senadores para construir apoio em torno de suas indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR), respectivamente, diz Kevin Lima, do portal g1.
Dino e Gonet foram indicados aos cargos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última segunda (27).
Os nomes foram enviados ao Senado, que, de acordo com a Constituição, tem a competência de aprovar as indicações da Presidência a esses cargos. Eles passarão por sabatinas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), agendadas para o próximo dia 13 de dezembro.
Antes de encaminhar as indicações para votação no plenário principal da Casa, a CCJ precisa aprovar os nomes. Somente após esta etapa o plenário aprecia as indicações, que devem reunir, no mínimo, 41 votos favoráveis.
Em busca de apoio, Flávio Dino se reuniu nesta quarta (29) com o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Na terça (28), ele já havia tido encontros com o relator de sua indicação na CCJ, o senador Weverton (PDT-MA).
No mesmo dia, também participou de jantar com senadores, promovido pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).
O périplo pelos gabinetes do Senado é comum nesse tipo de indicação, em especial nas de ministros do Supremo.
Gonet
Indicado para chefiar a PGR, o subprocurador Paulo Gonet deve ter nesta quarta os primeiros encontros.
Pela manhã, se reúne com o líder do PSD na Casa, Otto Alencar (BA). Pela tarde, fará a primeira reunião com o relator de sua indicação, o senador Jaques Wagner (PT-BA). No encontro, Jaques pretende conversar com Gonet para a construção de seu relatório.
A expectativa é que os pareceres de Weverton e Jaques sejam apresentados na próxima semana.
Jaques Wagner, que também é líder do governo na Casa, tem repetido que está otimista com a aprovação dos nomes indicados por Lula ao STF e à PGR. Ele afirmou que a base aliada ao Planalto fará o “necessário” para angariar votos a Dino e Gonet.
“Agora, não posso adivinhar, não tenho bola de cristal. Vamos trabalhar o tanto que for necessário. Os dois candidatos têm que fazer a sua romaria. São 81 votos. Como todo candidato, eles têm que pedir votos”, afirmou.