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terça-feira 3 de dezembro de 2024 às 16:44h

Indicador de Felicidade Interna Bruta (FIB) será aplicada no Brasil em 2025

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Para isso, Caio Queiroz, CEO da Aguama Ambiental, viajará ao país, a convite do rei do Butão, para conhecer de perto a realidade da região, os mecanismos do FIB e contribuir com a parte sustentável do projeto Mindfulness City

Localizado entre a Índia e a China, os dois países mais populosos do mundo, o Butão é uma região com menos de 800 mil habitantes. Mas o que chama a atenção do mundo em relação a esse pequeno país? Ele é considerado o mais feliz do mundo e ali foi desenvolvido o indicador Felicidade Interna Bruta (FIB), que tem como intuito medir cientificamente a felicidade e o bem-estar geral da população.

O FIB passou a ser utilizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para complementar as medidas já tradicionais, como o PIB (Produto Interno Bruto), para medir o desenvolvimento de uma nação trazendo informações importantes para a política governamental.

O CEO da Aguama Ambiental, Caio Queiroz, recebeu um convite do rei do Butão, o monarca Jigme Khesar Namyel Wangchuck, e do ministro Dasho Karma Ura, presidente do Centre for Bhutan Studies and Gross National Hapiness (GNH), para conhecer de perto essa realidade e contribuir com a implementação das diretrizes sustentáveis da Mindfulness City, nova cidade em construção no país que objetiva promover a biodiversidade por meio de seus diversos ecossistemas e paisagens naturais.

“Quero conhecer a região, conversar com as pessoas que ali vivem, ver in loco seu modo de vida e entender mais sobre a proposta da nova cidade, sobre o FIB e como podemos ajudar com a parte de sustentabilidade, algo que está em nosso DNA”, explica.

A intenção, segundo Caio, é sincronizar as duas metodologias – da Aguama Ambiental com o FIB – e levar essa realidade não somente para o Butão, mas também para o Brasil, em um projeto disruptivo e inovador. O local escolhido para a primeira implementação do FIB no país é o arquipélago de Fernando de Noronha.

“Noronha é uma mini-Brasil, que apresenta os mesmos problemas que o país têm em suas demais regiões. Pretendemos iniciar a implementação do FIB no próximo ano, a começar pela realização de entrevistas com os moradores para entender as questões que precisam ser trabalhadas para que a felicidade aumente na região”, ressalta.

De acordo com o CEO da Aguama, sustentabilidade e felicidade têm uma ligação em comum. “A sustentabilidade é o caminho para a felicidade. Viver em uma região onde há acesso à água potável, esgoto, ruas limpas, resíduos reciclados, entre outros fatores, proporciona bem-estar e felicidade. Nossa intenção é tornar o FIB elevado na região para depois levarmos para outras localidades do país”.

Implementação por etapas

A metodologia do FIB é extensa. Envolve 72 sub indicadores que cobrem nove dimensões, consideradas os principais componentes da felicidade e bem-estar no Butão: bem-estar psicológico, uso do tempo, vitalidade da comunidade, cultura, saúde, educação, diversidade do meio ambiente, padrão de vida e governança.

Caio conta que a adoção do FIB em Fernando de Noronha será feita por etapas, com o início do trabalho focado em três pilares: resíduos, energia e água. “Será um trabalho de longo prazo, de avanço a cada requisito cumprido. Vamos aplicar todas as questões do índice para entender todos os aspectos que precisam ser trabalhados para tornar a população local mais feliz”.

Iniciativa privada

A relação da Aguama com o Butão iniciou-se com a vida de Dasho Karma Ura, que é coordenador do FIB, ao Brasil para participar do I Fórum de Sustentabilidade e Turismo de Noronha, realizado em setembro passado no arquipélago. “Ele falou um pouco mais sobre o FIB e pudemos dar visibilidade à importância de aplicá-lo no Brasil. Sem uma comunidade local fortalecida, saudável e feliz, é difícil implementar projetos ambientais ou de turismo, já que quem vive no local é quem sustenta as ações no longo prazo”, enfatiza Caio.

Para reforçar a implementação do FIB em Noronha, o CEO da Aguama destaca a importância da participação da iniciativa privada. “As empresas já estão atentas à questão da felicidade. Tanto que algumas inclusive já desenvolveram áreas próprias para cuidar do assunto, como o caso da Heineken, Gerdau e Suzano. São companhias com essa mentalidade que estão buscando ajudar a fomentar a felicidade. A ideia é somar esforços para que cada vez mais as pessoas tenham acesso a produtos e serviços de empresas sustentáveis”.

Plataforma ambiental para o Butão

A integração entre o FIB e a plataforma sustentável da Aguama também vai beneficiar o Butão. Caio conta que a empresa irá doar uma versão dela adaptada para trazer ainda mais inovação para a aplicação da metodologia no país na Mindfulness City. “Para ajudar às necessidades da nova cidade, estamos contando com a ajuda de uma engenheira civil que trabalha no Conselho Brasileiro de Construções Sustentáveis, com a aplicação de metodologias de certificação de empreendimentos aplicadas em locais como hotéis, prédios públicos, entre outros. Vamos trazer uma plataforma única e pioneira para proporcionar sustentabilidade não somente em Noronha, mas também na nova cidade do Butão”, conclui.

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