domingo 22 de dezembro de 2024
Foto: Reprodução/Narendra Modi/YouTube Os hospitais da Índia estão sofrendo com a falta de leitos, oxigênio e remédios essenciais, agora que as infecções passaram da marca de 15 milhões, número inferior apenas ao dos Estados Unidos. "O sistema de saúde de Nova Delhi é incapaz de receber mais pacientes em grande quantidade", disse o ministro-chefe, Arvind Kejriwal, em entrevista coletiva virtual hoje. "Se um lockdown não for implantado agora, a situação ficará fora de controle." O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, cancelou uma viagem planejada à Índia na semana que vem por causa do novo coronavírus, informou seu gabinete. Menos de 100 leitos de tratamento intensivo estavam disponíveis na cidade de Nova Delhi, que tem mais de 20 milhões de habitantes, disse Kejriwal nesse domingo, e as redes sociais transbordavam de queixas. O número diário de casos de covid-19 na Índia atingiu hoje 273.810, e as mortes chegaram a um recorde de 1.619.  A capital indiana, que entra em lockdown hoje à noite, se soma a cerca de 13 estados de todo o país que decidiram impor restrições, toques de recolher ou lockdowns em suas cidades, incluindo Maharashtra, o estado indiano mais rico, e Gujarat, terra natal do premiê Narendra Modi. A cidade industrial de Ahmedabad também enfrenta escassez de leitos. Aumentam as críticas à maneira como o governo Modi lida com a segunda onda da pandemia na Índia, já que festivais religiosos e comícios políticos estão reunindo milhares de pessoas. Líderes como o ministro do Interior, Amit Shah, devem realizar novos eventos itinerantes e reuniões públicas nesta segunda-feira. Na noite de ontem, o pólo financeiro de Hong Kong anunciou que suspenderá voos da Índia, do Paquistão e das Filipinas por duas semanas a partir desta terça-feira
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quarta-feira 6 de setembro de 2023 às 08:13h

Índia: por que há rumores de que país vai mudar de nome

MUNDO, NOTÍCIAS


O uso do nome Bharat no lugar de Índia em um convite oficial para um evento da Cúpula do G20 chamou a atenção no país — e despertou críticas da oposição.

Bharat é o nome em hindi da Índia.

O convite para um jantar da presidente Draupadi Murmu com líderes estrangeiros presentes na cúpula a descreve como “presidente de Bharat”.

Vários ministros do partido no poder, o BJP, celebraram o uso do termo, mas políticos da oposição questionaram o propósito. Isso porque, recentemente, uma coligação de oposição denominada INDIA foi formada — um acrônimo em inglês para Aliança Inclusiva para o Desenvolvimento Nacional Indiano.

“Faz apenas algumas semanas desde que nomeamos nossa aliança como INDIA, e o BJP começou a enviar convites com ‘República de Bharat’ em vez de ‘República da Índia’”, escreveu no Twitter Manoj Jha, líder do partido Rashtriya Janata Dal.

“Vocês não serão capazes de tirar a Índia de nós, nem Bharat.”

A mudança no convite ocorreu em meio a relatos de que o governo está pensando em mudar oficialmente o nome do país para Bharat — mas não há confirmação oficial disso.

Todos os sites oficiais ainda usam o termo “governo da Índia” e Murmu ainda é descrita como presidente da Índia no X (antigo Twitter).

No entanto, o uso de Bharat no convite apareceu apenas dois dias depois de Mohan Bhagwat, chefe da organização nacionalista Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) — o mentor ideológico do BJP —, ter dito que o país deveria se chamar Bharat em vez de Índia.

“Às vezes usamos Índia para que aqueles que falam inglês entendam. Mas devemos parar de usar isso. O nome do país Bharat continuará sendo Bharat onde quer que você vá no mundo”, afirmou Bhagwat.

Na terça-feira (5), vários políticos do BJP saudaram a menção no convite como sendo um motivo de orgulho para o país.

“Feliz e orgulhoso por nossa civilização estar marchando corajosamente em direção a Amrit Kaal”, tuitou Himanta Biswa Sarma, ministro-chefe do estado de Assam.

Amrit Kaal, que pode ser traduzido livremente como “era de ouro”, é um termo que o primeiro-ministro Narendra Modi e outros representantes do governo estão usando para se referir aos anos que antecedem 2047 — quando a Índia completará 100 anos.

O governo afirma que, até esta data, o país terá se tornado um dos mais prósperos e desenvolvidos do mundo.

O convite não foi a primeira ocasião em que o governo utilizou o nome Bharat em conexão com o G20.

Um relatório com título Bharat, A Mãe da Democracia, também foi distribuído a delegações estrangeiras.

A Constituição indiana também se refere à Índia como Bharat, embora apenas uma vez — no Artigo 1, que fiz que “a Índia, isto é, Bharat, será uma União de Estados.”

No entanto, em todas as outras partes da Constituição, o país é nomeado como Índia.

No passado, ações apresentadas ao Supremo Tribunal tentaram mudar o nome oficial de Índia para Bharat. Mas os juízes não se envolveram na controvérsia e, em um dos casos, pediram que o autor da ação procurasse o governo para reivindicar a alteração.

Alguns juízes fizeram colocações, mas estas não têm valor jurídico.

“A Índia já é chamada de Bharat na Constituição”, observou certa vez o ex-presidente do Supremo Tribunal da Índia Sharad Bobde.

Outro ex-presidente do tribunal, TS Thakur, disse que cabia aos cidadãos escolher se queriam chamar o país de Índia ou de Bharat.

A Índia recebe a cúpula do G20 deste ano, que acontecerá na capital, Nova Déli, de 9 a 10 de setembro.

O G20 inclui os 19 países mais ricos do mundo mais a União Europeia. A Índia ocupa atualmente a presidência do G20, que é alternada a cada ano entre os membros.

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