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Imprensa internacional repercute vantagem de Bolsonaro

quarta-feira 10 de outubro de 2018 às 08:03h

A vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno da eleição presidencial confirmada no último domingo(7) – 46% contra 29% do segundo colocado, o petista Fernando Haddad – foi destaque na imprensa mundial.

Os jornais The New York Times, Financial Times e El País e a rede de televisão britânica BBC emitiram alertas em seus aplicativos em todo o mundo após a confirmação do segundo turno.

“Os votantes deram uma vitória de primeiro turno a Jair Bolsonaro, que atordoou a política tradicional ao crescer entre uma campanha presidencial lotada apesar de seu longo histórico de declarações ofensivas sobre mulheres, negros e gays”, diz o texto do New York Times.

A eleição brasileira estava no alto do site dos quatro e de outros jornais como o britânico The Guardian e o francês Le Monde. As publicações europeias referiram-se ao deputado como um candidato de extrema-direita.

“Estes resultados […] oferecem ao candidato do Partido Social Liberal, saudoso declarado da ditadura militar, uma vantagem bem superior à apresentada nas pesquisas antes da eleição”, disse a publicação francesa.

O El País relembra o histórico de declarações polêmicas. “Um político autoritário, racista, machista, homofóbico. Um adorador da ditadura que colocou o Brasil em uma de suas épocas mais escuras durante 20 anos”, diz o texto.

“Jair Messias Bolsonaro, o defensor dos valores mais retrógrados, esses que cada vez com mais força andam pelo mundo sem freio, acaricia a presidência do país sul-americano.”

A TV Al Jazeera, do Qatar, destacou o segundo turno chamando a eleição de turbulenta. Já o Wall Street Journal coloca o deputado como se posicionando para controlar a quarta maior democracia do mundo.

A eleição também foi capa dos jornais dos países vizinhos. Além da manchete, os argentinos La Nación e Clarín traziam outros detalhes da eleição, como gráficos. O primeiro chamou a vitória parcial de Bolsonaro de contundente.

Também incluiu outros detalhes, como a derrota da ex-presidente Dilma Rousseff para o Senado em Minas Gerais, o peso da vitória do candidato do PSL em São Paulo e Rio e a situação do PT após o pleito presidencial.

No canal Telesur, mantida em maior parte pelo regime venezuelano, há destaque às declarações de Haddad de que uma vitória de Bolsonaro representaria um risco à democracia e à divisão dos votos pelo Brasil.

Visão oposta era vista no Breitbart News, da direita alternativa americana. Embora não tenha colocado em destaque a eleição, titulou: “Conservador Bolsonaro vence o primeiro turno, lidera o segundo turno contra socialista.”

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