A imprensa faz uma leitura equivocada das decisões do Supremo Tribunal Federal, na opinião do ministro Dias Toffoli. Para ele, meios de comunicação “desviam a verdade dos fatos”, em tempos de fake news, ao divulgar o que é decidido pelos ministros da corte, conforme declarou nesta última quarta-feira (18) durante sessão.
Toffoli afirmou que não cassou ordem de Fachin para prisão de Paulo Maluf, diferentemente do que foi divulgado.
O Plenário julga recursos da defesa do deputado Paulo Maluf, condenado pela corte a 7 anos e 9 meses de prisão por lavagem de dinheiro.
Toffoli disse que, diferentemente do que foi divulgado por veículos de comunicação, não cassou decisão do ministro Luiz Edson Fachin, relator da ação penal contra o político.
Enquanto Fachin, em dezembro, determinou a execução provisória da pena do deputado, Toffoli determinou a prisão domiciliar com base no “precário estado de saúde” de Maluf. Ele disse ainda que, antes de tomar a decisão, no dia 28 de março, ligou para Fachin e para a presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, para falar que tomaria a decisão.
Em decisão monocrática, o ministro Fachin rejeitou agravo de instrumento apresentado pela defesa do deputado contra a condenação e determinou o cumprimento imediato da pena. “O que me levou a conceder a prisão domiciliar foi o agravamento gradativo da saúde de Maluf. Em nenhum momento fui contra o que havia decidido o ministro Fachin”, disse.