segunda-feira 8 de julho de 2024
Brasileiros esperam em área em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para cruzar a fronteira com o Egito, em 10 de novembro de 2023. — Foto: Embaixada do Brasil na Palestina
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sábado 11 de novembro de 2023 às 14:37h

Impasse com ambulâncias impede saída de brasileiros em Gaza; entenda

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O grupo de 34 brasileiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza nesta última sexta-feira (10), depois de mais de um mês de guerra, segue aguardando a liberação para atravessar a fronteira com o Egito, pela passagem de Rafah, ainda sem previsões de quando o deslocamento será realizado.

A espera ocorre porque, por conta da guerra, o consenso entre as autoridades que controlam a fronteira é que as ambulâncias sempre têm prioridade para deixar o local – o que não está acontecendo por conta dos ataques às regiões em que estão os hospitais.

Há expectativas de que os brasileiros ainda possam ser autorizados a atravessar a fronteira neste sábado (11), desde que o comboio de ambulâncias que tenta deixar Gaza consiga realizar o deslocamento e chegar até o posto de comando em Rafah.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, porém, não dá certeza sobre a data de saída.

Por que as ambulâncias precisam sair antes?

Os hospitais enviam informações às autoridades sobre as ambulâncias e os feridos que precisam deixar Gaza para atendimento médico. Com esses dados, há uma mobilização na fronteira para que, assim que esses veículos cheguem ao local, possam ser liberados.

Dessa forma, enquanto as ambulâncias registradas para atravessar para o Egito não chegam, nenhum grupo de estrangeiros é liberado para sair.

No entanto, com os constantes ataques aos hospitais, as ambulâncias não conseguem se deslocar de um ponto a outro em segurança e, eventualmente, a fronteira fecha sem que ninguém consiga sair de Gaza.

Foi o que aconteceu nesta sexta com os brasileiros. O grupo, que faz parte da 7ª lista de estrangeiros que foi autorizado a deixar o território palestino, não pôde sair porque somente cinco ambulâncias conseguiram atravessar a fronteiro, e todas demoraram a conseguir fazer o deslocamento, afirmou o embaixador brasileiro em Gaza, Alessandro Candeias.

Segundo o embaixador, parte dessa demora é consequência da “forte presença militar israelense em combates ao redor de hospitais”.

Como a passagem só fica aberta por poucas horas durante o dia-decisão de Israel e Egito, que afirmam que terroristas do Hamas podem atravessar a fronteira -, os ataques atrasam significativamente o processo de saída dos feridos e dos estrangeiros de Gaza.

Brasileiros repatriados terão apoio para chegar ao país

De acordo com a agência de notícias do Governo Federal, todos os brasileiros que aguardam para deixar a Faixa de Gaza foram realocados em uma única residência em Rafah, para agilizar o traslado quando houver a autorização para atravessarem a fronteira.

O ministro Mauro Vieira, em coletiva de imprensa, disse que o grupo está reunido e conta com assistência financeira para alimentação e para custear as taxas de passagem na fronteira.

“Temos todo um esquema de operação com a Força Aérea Brasileira (FAB) para trazê-los de volta. Eles serão recepcionados no Brasil com todo um aparato de acolhimento”, destacou o ministro.

Quando chegarem ao Brasil, os repatriados contarão com avaliações médicas e psicológicas, descanso, alimentação adequada, hospedagem em alojamento da FAB por dois dias e abrigo em uma estrutura preparada no interior de São Paulo para os que precisarem, informou Augusto Botelho, secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Além dos 34 nomes já listados, o Itamaraty já prepara uma segunda lista com cerca de 50 pessoas que devem receber a autorização para deixar Gaza.

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