Após uma parcial isenção nos anos de 2021 e 2022 para combater o alto custo de vida durante a pandemia da COVID-19, uma mudança recente traz de volta a cobrança total de impostos PIS/Cofins sobre o diesel, biodiesel e gás de cozinha.
Reoneração integral de PIS/Cofins
Em uma tentativa de controlar a inflação e amenizar os impactos financeiros da pandemia, o governo federal havia suspendido parcialmente a cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel, biodiesel e gás de cozinha. No entanto, a cobrança integral foi retomada em 1º de janeiro de 2024, impactando diretamente o preço ao consumidor final desses produtos.
O impacto no preço do gás de cozinha e do diesel
Como consequência da reoneração, é esperado um aumento no preço do diesel e do gás de cozinha. Os preços desses produtos são impactados tanto pelo custo da matéria-prima e o lucro das empresas quanto pelos impostos aplicados.
Reajuste no preço do gás de cozinha
A Acelen, que administra a Refinaria Mataripe, anunciou um reajuste entre 8,23% e 9,95% no Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) a partir de 1º de janeiro. Como resultado, o botijão de gás pode ter um acréscimo de até R$ 8 para o consumidor final. O reajuste é justificado pelo aumento dos preços do petróleo, a cotação do dólar e custos de frete.
Previsão de estabilidade no preço do diesel
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garante que a reoneração não deve impactar significantemente o preço final do diesel. Segundo o Ministro, a recente redução de preços anunciada pela Petrobras deve amortecer os impactos da reintegração de impostos no produto. A expectativa é de um acréscimo de apenas R$ 0,30.
Valores dos impostos cobrados
Conforme reportagem da Carta Capital, a reoneração resultará na cobrança dos seguintes valores sobre o diesel, biodiesel e gás de cozinha:
- diesel A: aproximadamente R$ 0,35 por litro;
- biodiesel: aproximadamente R$ 0,15 por litro;
- diesel B (mistura do diesel A e biodiesel): aproximadamente R$ 0,33 por litro;
- gás de cozinha: aproximadamente R$ 2,18 por botijão de 13 Kg.