A ida do deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP) ao ato em desagravo a Jair Bolsonaro, no domingo (25), na Avenida Paulista, surpreendeu negativamente ministros do governo Lula, registra a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
Auxiliares do petista argumentam segundo o colunista, que, embora fosse aliado de Bolsonaro no governo anterior, Cezinha se aproximou da gestão Lula e, inclusive, costuma ser recebido por ministros do Palácio do Planalto.
Ministros do atual governo lembram, por exemplo, que Cezinha participou com aliados de Lula, em dezembro, da confraternização do Prerrogativas, grupo de advogados progressistas aliados do gestão petista.
Auxiliares próximos de Lula dizem que Cezinha teria dito, nos bastidores, na semana passada, que não iria à manifestação. O PSD, partido do parlamentar, comanda três ministérios no atual governo.
O deputado, porém, acabou indo ao ato e registrou sua presença nas redes sociais. Em uma das fotos, por exemplo, aparece ao lado do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
Segundo os organizadores, Cezinha não se inscreveu para subir nos trios elétricos como os demais parlamentares. O deputado, conforme registros, ficou na avenida junto aos demais manifestantes.
Outro lado
À coluna de Gadelha, o deputado Cezinha, que é da bancada evangélica, afirmou que “sempre” pregou a paz no Brasil e não compartilha da intolerância, mas que os evangélicos estão “muito tristes” com a posição de Lula sobre Israel.
“Sempre preguei a paz no nosso país, não compartilho de intolerância, mas o povo evangélico está muito triste com o posicionamento do presidente da República com relação a Israel. O meu povo me cobra sobre posicionamento do presidente”, disse.