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quinta-feira 28 de dezembro de 2023 às 13:10h

IBGE divulga Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,40% em dezembro e ficou 0,07 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,33%). Com isso, o IPCA-15 fechou o ano de 2023 com 4,72% de variação. O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 0,94% para o período de outubro a dezembro. Em dezembro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,52%.

Período TAXA
Dezembro de 2023 0,40%
Novembro de 2023 0,33%
Dezembro de 2022 0,52%
IPCA-E 0,94%
Acumulado no ano 4,72%
Acumulado nos 12 meses 4,72%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em dezembro. A maior variação (0,77%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Transportes. Os grupos Alimentação e bebidas (0,54%) e Habitação (0,48%) também registraram alta e contribuíram, respectivamente, com 0,12 p.p. e 0,07 p.p. As demais variações ficaram entre a queda de 0,46% de Comunicação e a alta 0,56% de Despesas Pessoais.

 

Grupo Variação Mensal (%) Impacto (p.p.) Variação Acumulada (%)
Outubro Novembro Dezembro Dezembro Trimestre 12 meses
Índice Geral 0,21 0,33 0,40 0,40 0,94 4,72
Alimentação e bebidas -0,31 0,82 0,54 0,12 1,05 0,83
Habitação 0,26 0,20 0,48 0,07 0,94 4,94
Artigos de residência 0,05 0,24 -0,15 -0,01 0,14 -0,03
Vestuário 0,33 0,55 0,03 0,00 0,91 3,39
Transportes 0,78 0,18 0,77 0,16 1,74 7,41
Saúde e cuidados pessoais 0,28 0,08 0,14 0,02 0,50 7,31
Despesas pessoais 0,31 0,52 0,56 0,06 1,40 5,54
Educação 0,07 0,03 0,05 0,00 0,15 8,20
Comunicação -0,29 -0,22 -0,46 -0,02 -0,97 2,85

No grupo Transportes (0,77%), o subitem passagem aérea subiu 9,02% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,09 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,27%), houve queda nos preços do óleo diesel (-0,75%), do etanol (-0,35%) e da gasolina (-0,24%), enquanto o gás veicular (0,08%) registrou alta.

Ainda em Transportes, o subitem táxi apresentou alta de 0,83% devido ao reajuste de 6,67% em São Paulo (2,80%), a partir de 28 de outubro. O subitem ônibus urbano (1,91%) também subiu, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador (5,69%), a partir de 13 de novembro. Em São Paulo, destaca-se a alta de 6,67% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público, que haviam recuado 6,25%, no mês anterior, em decorrência da gratuidade concedida nos transportes metropolitanos para toda a população nos dias de realização das provas do ENEM.

No grupo Alimentação e bebidas (0,54%), a alimentação no domicílio subiu 0,55% em dezembro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (10,63%), da batata-inglesa (10,32%), do arroz (5,46%) e das carnes (0,65%). Por outro lado, os preços do tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram.

alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação a novembro (0,22%). Tanto a refeição (0,46%) quanto o lanche (0,50%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,22% e 0,35%, respectivamente).

No grupo Habitação (0,48%), o resultado da energia elétrica residencial (0,82%) decorre de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência da pesquisa: de 5,91% em Goiânia (2,97%), a partir de 22 de outubro; de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas em São Paulo (1,66%), a partir de 23 de outubro; de 9,65% em Brasília (1,35%), a partir de 22 de outubro; e de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,59%), a partir de 22 de novembro.

Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (1,43%) foi influenciada pelos seguintes reajustes tarifários: de 14,43% em Fortaleza (6,28%), a partir de 29 de outubro; de 10,23% no Rio de Janeiro (10,23%), a partir de 8 de novembro e que não havia sido incorporado no IPCA-15 de novembro; de 15,76% em Belém (9,21%), a partir de 28 de novembro; e de 4,97% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (1,15%), a partir de 1º de dezembro. O gás encanado (0,47%) também apresentou alta por conta do reajuste médio de 0,98% no Rio de Janeiro (0,54%) a partir de 1° de novembro e de 3,30% em São Paulo (0,55%) a partir de 10 de dezembro.

Quanto aos índices regionais, nove áreas tiveram alta em dezembro. As maiores variações foram em Fortaleza e Goiânia, ambas com 0,77%. Nos dois casos, a principal contribuição veio da gasolina, com variações de 6,48% e 2,33%, respectivamente. Já o menor resultado ocorreu em Recife (-0,26%), onde houve queda no preço da gasolina (-4,66%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%)  Variação Acumulada (%) 
Outubro Novembro Dezembro Trimestre 12 meses
Fortaleza 3,88 -0,28 0,24 0,77 0,73 4,92
Goiânia 4,96 0,63 0,15 0,77 1,56 4,02
Brasília 4,84 0,30 0,61 0,68 1,60 5,57
Rio de Janeiro 9,77 0,26 0,56 0,59 1,42 4,00
Salvador 7,19 0,40 -0,12 0,45 0,73 4,24
São Paulo 33,45 0,21 0,47 0,45 1,13 5,06
Belo Horizonte 10,04 0,21 0,46 0,35 1,02 5,01
Belém 4,46 -0,07 0,25 0,29 0,47 5,03
Porto Alegre 8,61 0,27 0,22 0,29 0,78 4,80
Curitiba 8,09 0,20 0,06 -0,01 0,25 4,59
Recife 4,71 -0,06 -0,04 -0,26 -0,36 3,53
Brasil 100,00 0,21 0,33 0,40 0,94 4,72

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de novembro a 14 de dezembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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