Exatos 27 artefatos indígenas que estavam à venda em uma galeria de arte foram apreendidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta sexta-feira (14), no Pelourinho, em Salvador. A comercialização é ilegal porque a confecção dos materiais usava partes de animais ameaçados de extinção.
Tanto a venda quanto a compra e o armazenamento são considerados crimes ambientais. A lista de itens apreendidos na galeria inclui quadros, lanças, cocares e máscaras de rituais.
O proprietário da loja, que ainda não foi localizado, será autuado com multa de ao menos R$ 520 mil. O valor leva em conta o número de espécies em extinção encontradas.
De acordo com o agente ambiental do Ibama, Augusto Brasil, que está à frente da investigação, foram identificadas 47 partes de animais na fauna silvestre nativa. Cada quatro é composto por duas a três espécies de aves, por exemplo. Entre as espécies destacadas estão papagaio, gavião, arara azul e canindé.