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A CORTE - Lira (no centro) e seu grupo mais próximo: Elmar Nascimento (à dir.), Isnaldo Bulhões, Juscelino Filho, Antonio Brito, Hugo Motta, Fufuca e Felipe Carreras - lustração Carlinhos Müller
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quarta-feira 4 de setembro de 2024 às 17:27h

Hugo Motta passa por sabatina informal com Lula e Bolsonaro após entrar na briga pela sucessão de Lira

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Mais novo candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos) esteve nesta quarta-feira com Jair Bolsonaro (PL) e Lula da Silva (PT). Nos dois encontros, afirmam interlocutores, o parlamentar foi questionado sobre as suas relações com a direita e a esquerda, numa espécie de sabatina informal para se cacifar ao pleito de fevereiro do ano que vem.

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A reunião com Lula foi marcada por questionamentos sobre o seu passado de alinhamento ao ex-comandante da Casa Eduardo Cunha, algoz do impeachment de Dilma Rousseff. Motta votou pelo afastamento da ex-presidente em 2016 e, antes, chegou à Câmara sob as bênçãos de Cunha, em 2010.

Segundo interlocutores do parlamentar, Motta disse a Lula que seus posicionamentos em relação ao impeachment são justificados pelo fato de, à época, integrar o MDB. O partido que se posicionou pela perda do mandato e tinha como uma das principais figuras o vice Michel Temer, que assumiu o posto com a saída de Dilma.

Motta negou que o bom relacionamento com Cunha implique em apoio incondicional ao ex-deputado. Lula não teria apresentado resistência ao seu nome. Marcos Pereira, que desistiu de sua candidatura para lançar Motta como candidato de “consenso”, intermediou o encontro.

A relação de Motta com o hoje senador Ciro Nogueira (PP-AL), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, também foi debatida com Lula. Em entrevista ao GLOBO, Marcos Pereira afirmou que os vínculos de Motta com adversários do PT eram “assunto superado”, e que não atrapalham a empreitada do aliado.

Reunião na casa de Flávio

Já no encontro com Bolsonaro, que aconteceu pela manhã, Motta ouviu perguntas sobre um eventual alinhamento com a base governista. A reunião ocorreu na casa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, esteve presente, assim como o primogênito de Bolsonaro. Motta, que já era um nome de simpatia do trio, apenas foi questionado em relação ao seu eventual apoio ao governo Lula.

Motta teria prometido não se esquecer da oposição, e prometeu manter uma postura de “independência e defesa dos interesses da Casa”.

Lira vai trabalhar por Motta, diz Pereira

Marcos Pereira afirmou nesta quarta-feira que Arthur Lira (PP-AL), atual ocupante da presidência da Câmara, disse que vai trabalhar a favor de Motta.

— O presidente Lula não apresentou resistência, disse que não interferiria no processo de escolha da Câmara. Disse que precisava conversar com o Hugo e apenas questionou se ele não era muito novo, por ter 34 anos. Disse a ele que eu era o avalista desta campanha. Já o presidente Lira disse ser uma boa opção e que trabalharia para viabilizar o nome — afirma Pereira em entrevista ao GLOBO.

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