Autoridades iemenitas dizem que nacionais dos Estados Unidos e Reino Unido tem um mês para saírem da área sob seu controle; porta-voz da ONU diz que medida prejudica implementação do mandato de apoio à população do país.
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, confirmou que as autoridades de facto do Iêmen solicitaram a retirada de funcionários da ONU com nacionalidade americana e britânica dentro de um mês.
Dujarric destacou que a solicitação, baseada apenas na nacionalidade, entra em conflito com o enquadramento legal das Nações Unidas, prejudicando sua capacidade de cumprir seu mandato de apoio à população iemenita.
Continuidade do trabalho
O porta-voz instou as autoridades do Iêmen a assegurarem que o pessoal da ONU possa prosseguir com suas atividades, executadas de maneira imparcial, enfatizando que, independentemente da nacionalidade, esses funcionários estão dedicados ao serviço das Nações Unidas.
De acordo com agências de notícias, as autoridades houthis tomaram a decisão após Estados Unidos e Reino Unido, com apoio de outras nações, atacarem alvos do grupo alinhado ao Irã, que vem realizando ataques a navios comerciais no Mar Vermelho. Esses navios estariam supostamente associados a Israel, segundo os Houthis.
Instabilidade política
Sobre a instabilidade na região, o enviado especial da ONU no Iêmen, Hans Grundberg, discutiu os desafios atuais com o Ministro das Relações Exteriores do Iêmen, Ahmed Binmubarak, durante encontro em Riad, Arábia Saudita.
O foco foi proteger o recente progresso em direção a um cessar-fogo nacional, medidas para melhorar a vida da população iemenita e a retomada de um processo político inclusivo com as recomendações da ONU.
Além disso, Grundberg se encontrou com os embaixadores da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança no Iêmen, destacando a importância de manter um ambiente propício para o diálogo contínuo e o apoio internacional à nação iemenita.