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Dois homens foram presos, nesta segunda-feira (10), em uma operação da Polícia Civil da Bahia contra uma organização criminosa voltada para a venda de maconha líquida. O produto é utilizado em cigarros eletrônicos, os chamados “vapes”.
Um dos presos, identificado como Victor Lobo, disse à repórter Lorena Dias, da TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia, que trabalha com canabidiol (CBD) e que o tratamento de crianças depende dele.
“Isso será esclarecido mais para frente. Trabalho com CBD há muitos anos. Tem muitas crianças que dependem de mim”, declarou o suspeito.
Victor foi preso em uma residência no Corredor da Vitória, em Salvador. A suspeita é de que a maconha líquida seja comercializada para ser usada em cigarros eletrônicos, conhecidos como “vapes”.
A ação, do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), foi deflagrada simultaneamente em Salvador e na cidade de São Paulo. Outro suspeito de participar da mesma organização foi preso em São Paulo. Durante as diligências, foram apreendidos maconha líquida, cigarros eletrônicos e outros materiais ilícitos.
A operação continua em andamento, com a execução de 27 mandados de busca e apreensão em diversos bairros de Salvador. O material apreendido será submetido à perícia, e os suspeitos presos ficarão à disposição da Justiça.
CBD
O canabidiol (CBD) é uma substância derivada da planta Cannabis sativa que atua no sistema nervoso central e é amplamente utilizado no tratamento de alguns casos de epilepsia.
Estudos indicam que o CBD apresenta possíveis benefícios terapêuticos no tratamento de condições como ansiedade, doença de Parkinson, Alzheimer e dor crônica. No Brasil, o canabidiol está disponível em medicamentos comercializados em farmácias. A venda desses medicamentos é regulamentada e exige a apresentação de receita médica de controle especial.
O canabidiol pode ser indicado para o tratamento de epilepsia refratária em crianças e adolescentes que não respondem a outras terapias disponíveis. Isso é relevante em casos de condições como síndrome de Lennox-Gastaut, síndrome de Dravet e esclerose tuberosa, que são formas raras e graves de epilepsia.
Nesses casos, o CBD tem demonstrado eficácia na redução da frequência e da intensidade das crises, proporcionando uma alternativa terapêutica para pacientes que enfrentam dificuldades com os tratamentos convencionais.
