O encontro virtual entre o ministro Nelson Teich (Saúde) e os governadores na última quarta-feira (29) teve uma cena inesperada conforme a coluna Painel do jornal Folha de SP.
Segundo a nota, um dos participantes apareceu seminu. O homem tentava arrumar a câmera quando ela ligou sem ele saber. O governador João Azevedo (Cidadania-PB) foi o primeiro a avisar da ocorrência. O moderador interveio, pedindo que a webcam fosse desligada.
O deslize aconteceu durante reunião em que os governadores se preocuparam com os sinais emitidos por Teich, relatada pelo Painel. Ao perguntar para eles onde estão comprando respiradores fora do país, o ministro mostrou que não há sinal de que o governo federal tenha planejamento algum para mudar a rota para o colapso, segundo a visão dos governadores.
O caso da Bahia é exemplar. O estado diz precisar de 1.300 respiradores até meados de maio. Teich afirmou que a produção nacional entrega apenas 180 por semana. Para todo o Brasil.
As reuniões virtuais, solução encontrada para o período de quarentena, têm gerado gafes.
No final de março, o advogado Luiz Gustavo Bichara, um dos mais reconhecidos tributaristas do Brasil e sócio do escritório Bichara Advogados, enviou um comunicado interno aos seus funcionários em que reclamava que um advogado do escritório estava usando pijama “verde bandeira” e estava com o “olho remelento” durante vídeoconferência. Ele ainda relatou que outro advogado do escritório estava usando a tela do computador para espremer espinhas.
Em abril, durante sessão da Câmara dos Deputados que discutiu a medida provisória 905, da carteira de trabalho verde-amarela, a câmera flagrou o deputado Charles Fernandes (PSD-BA) levantando da cama de um aparente cochilo.
Na mesma sessão, o cenário das intervenções do deputado Marcelo Ramos (PL-AM) chamou a atenção dos colegas. Marcelo primeiro estava acompanhado de um boneco do Homem Aranha, depois de um ursinho de pelúcia. O ambiente eram os quartos dos filhos de 4 e 7 anos, o que foi considerado “fofo” por parlamentares que acompanhavam a votação.