O agente de talentos Bruno de Paula denunciou nas redes sociais na última quinta-feira (5) ter sido vítima de fraudes em suas contas bancárias que chegaram a R$ 143 mil.
Segundo Gabriela Marçal, do portgal Metrópoles, foram efetuados empréstimos, transferências, compras e pagamentos de boletos, e os mesmos foram feitos por criminosos após furtarem seu celular em 29/4, quando se via em um táxi retornando do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Janela aberta, o bandido puxou quando o Taxi estava parado.
“Estávamos famintos, então fui pedir um delivery antes de chegar. E aí que tudo mudou. É uma das sensações mais estranhas que já senti, o celular sumiu da minha mão. Gritei, olhei pra trás e vi um vulto correndo pra escuridão”, contou o agente.
Num primeiro momento, Bruno ficou aliviado, mas depois notou que a situação poderia se agravar.
“Aí percebi que estava destravado. Surtei. O desespero bateu, mas ninguém sabe minhas senhas e nunca anotei. Minhas contas no Banco do Brasil e Nubank são com reconhecimento facial, não tem como entrar”, relatou.
Compras
Ao chegar em casa, ele acessou um celular antigo e viu que já tinham sido gastos R$ 27 mil da sua conta no Nubank. O agente ligou na operadora para desabilitar o chip e o aparelho. Segundo ele, a empresa afirmou que o bloqueio havia sido feito, mas isso não ocorreu.
“E o inferno estava só começando. Era sexta à noite e são boletos. Dava pra cancelar, mas nada. O descaso do Nubank foi bizarro. Se virem, tudo foi feito dentro de três minutos. Como que o banco libera isso?”, questionou no Twitter.
Bruno também reportou em 29/4 a situação ao Nubank. Ainda assim, em 2/5, os criminosos conseguiram aumentar o seu limite de Pix na instituição para R$ 90 mil.
Empréstimos
O agente tentou evitar que uma segunda conta bancária também fosse invadida e mais dinheiro acabasse furtado.
“Preocupado, liguei para o Banco do Brasil e expliquei a situação. Implorei que não deixassem movimentar minha conta. Entendi que eles fariam um bloqueio, já que reportei”, afirmou.
Assista aqui vídeo:
Mesmo após esse contato, foram feitos dois empréstimos, duas transferências, sendo uma delas agendada, e um Pix. Essas movimentações bancárias resultaram em um prejuízo de R$ 116 mil.
“Só chorei”, disse. “É uma violação tão grande, um vírus que invadiu minha vida e fiquei sem o que fazer. Mexeram em tudo e nenhuma empresa ajudou a recuperar.”
Suporte
Bruno relatou diversos contatos com os bancos, inclusive pessoalmente, e disse ter recebido respostas genéricas que não ofereciam uma medida prática para ajudá-lo.
“É óbvio que foi fraude, por que não solucionam rápido? Por que não reembolsam? Eu estou sem acesso às minhas contas e ao meu dinheiro. Preciso pagar contas, voltar ao normal. E nada. Nunca vivi uma situação tão desesperadora, e não sei mais o que fazer”, afirmou.
Resolução
Nesta sexta-feira (6/5), após o caso viralizar nas redes sociais, o agente de talentos contou que recebeu ligações das duas instituições bancárias que “resolveram” a situação.
“E não é questão de estornaram e agora está tudo bem. Não está. Durante a semana e agora, expliquei as falhas graves nos processos das empresas, não só de segurança inicial. Passei o feedback detalhado para que haja uma melhora geral”, escreveu.
Bancos
Ao Metrópoles o Nubank afirmou que lamenta o ocorrido e que o caso “já foi solucionado com o cliente”.
Já o Banco do Brasil informou ao Metrópoles que “acionou procedimentos de segurança logo após tomar conhecimento da ocorrência, com rápida recuperação de valores”.