Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirma que o homem responsável pelas explosões registradas da Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira circulava por Brasília desde julho deste ano.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu nesta quarta-feira após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes. Minutos antes, ele acionou bombas que estavam em seu veículo, nas imediações da Câmara dos Deputados. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o caso. Segundo a Polícia Militar, houve um “autoextermínio com explosivo” nas proximidades do STF.
No comunicado, a Abin coletou uma série de publicações do homem em seu perfil na rede social Facebook “anunciando ataques e manifestando ódio contra autoridades constituídas”.
Segundo a agência, em uma das imagens postadas, “Wanderley indica que havia planejado suicidar-se no ataque, pois afirma “Vamos brindar??? Não chores por mim! Sorria!!! Entrego minha vida para que as crianças cresçam com liberdade […]”.
Em agosto, o homem havia postado uma “carta aos interessados” convocando protestos contra o judiciário por todo o país.
A Abin informa que Wanderley foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL), em 2020. Réu em diversas ações penais, entre elas crimes contra a incolumidade pública, por infração de medida sanitária, crime de desobediência e furto.
De acordo com agência, o carro do homem saiu de Rio do Sul em 26 julho de 2024 e chegou em Brasília no dia seguinte. “Vinha circulado pela capital desde então. Não há, por ora, indícios de que esteja atuando em conjunto com outras pessoas”.