Os negócios e oportunidades do Hidrogênio Verde na Bahia foram apresentados no Webinar Bahia Energia 22 na terça-feira (13). Na oportunidade, Paulo Guimarães, superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), discorreu sobre o tema proposto e apresentou dados das Energias Renováveis do estado.
Líder na geração das energias eólica e solar, a aposta no hidrogênio verde, combustível do futuro, foi um grande passo do governo da Bahia que lançou, em abril desse ano, o Plano Estadual para Economia de Hidrogênio Verde (H2V), instituído pelo Decreto nº 21.200 de 2 de março de 2022. O Estado vai abrigar ainda a primeira fábrica de hidrogênio e amônia verde do Brasil, que deverá entrar em operação até o fim de 2023, no Polo Industrial de Camaçari.
“Nós temos uma série de ações para garantir a competitividade da cadeia produtiva. Tudo começou com o decreto de isenção de ICMS que foi feito ano passado pelo Governo da Bahia. O ICMS da energia elétrica para produção do Hidrogênio Verde está isento. Estamos estimulando a produção do hidrogênio, depois vem a questão de armazenamento, distribuição e o desenvolvimento do mercado consumidor. Estamos tentando trabalhar em todas as etapas, por isso, o mapeamento do Cimatec é essencial. A partir dele poderemos direcionar as nossas ações”, afirma Guimarães.
Ainda segundo o superintendente, a Bahia tem um mercado enorme para explorar com a exportação de produtos produzidos com hidrogênio verde, por isso, fala-se em produção centralizada no Polo Industrial de Camaçari, onde existe a possibilidade de tornar verde diversos produtos fabricados, já que o hidrogênio é a matéria-prima mais utilizada na indústria e descentralizada nas regiões do interior do estado, aproveitando todo o potencial econômico, a exemplo da mineração.
O hidrogênio verde é uma fonte de alta densidade energética e de carbono nulo, produzido a partir de fontes renováveis como eólica, solar, hidráulica, biomassa ou biogás. De acordo com as projeções da Agência Internacional para as Energias Renováveis – Irena, feitas em 2019, a fonte poderá representar 18% de toda energia consumida globalmente e se tornará competitivo, em relação ao de origem fóssil, antes de 2025.