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sexta-feira 22 de julho de 2022 às 05:57h

‘Herança política’ pode eleger o senador mais jovem na história da Bahia em outubro

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Conforme Mauricio Leiro e Gabriel Lopes, do portal Bahia Notícias, alguns deputados federais baianos não devem ter o nome nas urnas para ter uma cadeira na Câmara em 2022. Um levantamento feito pelo Bahia Notícias aponta que, entre os nomes, há casos de parlamentares que já firmaram compromisso para a disputa das eleições deste ano em outras posições ou ocupam outros cargos públicos. Ao menos cinco parlamentares devem não participar do próximo pleito.

As “lacunas” deixadas pelos deputados também abrem espaço para a herança de votos por novos nomes. É o caso de Cacá Leão (PP), João Roma (PL), Ronaldo Carletto (PP) e Nelson Pelegrino (PT). Filho do vice-governador da Bahia, João Leão (PP), Cacá vai disputar o pleito de outubro na chapa do ex-prefeito de ACM Neto (UB), na vaga ao Senado. E se um dia herdou as bases políticas do pai, agora Cacá pode transferir seus votos para João Leão, que ao desistir do Senado, anunciou sua pré-candidatura a deputado federal.

Uma fonte ligada ao Progressistas confirmou ao portal Bahia Notícias que o vice-governador tem trabalhado muito pela base do filho no interior do Estado. A expectativa do PP baiano é que Leão repita as votações expressivas que teve como deputado em seus cinco mandatos consecutivos e vai ser a grande ajuda ao partido na chapa proporcional e ao filho. Cacá tem subido nas pesquisas e pode ser eleito o senador mais jovem eleito pela Bahia na história.

A movimentação de Cacá impacta também Carletto, que aceitou o convite para ser suplente do futuro senador. O deputado já havia sido anunciado como suplente de João Leão, quando o desenho era de que o vice-governador disputaria o Senado. Quem deve coletar o “recall” político deixado por Carletto é seu sobrinho, Netto Carletto. A família tem bases no sul e extremo sul da Bahia.

Já João Roma – apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) – vai concorrer ao Palácio de Ondina e tem Jerônimo Rodrigues, do PT, e ACM Neto como principais adversários. Desde o anúncio de sua pré-candidatura, Roma não esconde o desejo de ajudar na eleição de sua esposa, Roberta Roma, que também se filiou ao PL. Atrelada à candidatura do marido e na imagem do presidente Bolsonaro, interlocutores do partido apostam que Roberta tem chances de ser eleita.

Empossado como conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) há pouco menos de um ano, Nelson Pelegrino (PT) tem um espólio de votos. Eleito em 2018 para deputado federal pelo PT, Pelegrino obteve 101.476 e o possível destino desse capital político deve ser destinado para a vereadora de Salvador Marta Rodrigues (PT). Marta, inclusive, deve receber intenso apoio do irmão, Jerônimo, que é o nome do Partido dos Trabalhadores para disputar o governo da Bahia. A vereadora também tem o desafio de ser a segunda mulher a se tornar deputada federal pelo PT na Bahia.

Outro deputado que não deve concorrer em 2022 é José Nunes, do PSD. Lideranças do partido apontaram ao Bahia Notícias que Nunes deve lançar seu filho, Gabriel, para tentar ocupar a cadeira abocanhando sua herança de votos. Entre os nomes confirmados por fontes do partido para a reeleição estão Antônio Brito, Sérgio Brito, Charles Fernandes, Paulo Magalhães e Otto Filho. Entre os novos que vão disputar vagas, Diego Coronel, Gabriel Nunes e Oziel Oliveira são citados e despontam com maior força.

Ainda em aberto

Dois nomes do Republicanos da Bahia ainda aguardam a última definição na chapa de ACM Neto para decidir o futuro político em 2022: Márcio Marinho e Marcelo Nilo, deputados que são cotados para assumir o posto de vice do ex-prefeito.

Caso Marinho, que é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), seja o escolhido de Neto, a tendência é que o vereador Luiz Carlos (Republicanos) seja alçado à condição de candidato para disputar a vaga de Marinho. Luiz Carlos foi o vereador mais votado nas eleições municipais de 2020 com pouco mais de 17 mil votos. Já caso Nilo seja lançado vice, o espólio dele deve ser redistribuído entre antigos colegas de Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) que “ascenderam” à Câmara dos Deputados.

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