Secretário de João Doria (PSDB), Henrique Meirelles (PSD) não fecha as portas para uma aliança com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi presidente do Banco Central. Ao Painel ele diz preparar sua candidatura ao Senado por Goiás, mas não há garantia de que estará na chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM), como era a ideia inicial.
Em tom de campanha, ele exalta conforme a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, as realizações na era petista e afirma que seus resultados em São Paulo superam os do governo Bolsonaro.
“Acho que tudo isso é muito prematuro, vai depender, inclusive, da terceira via, do resultado das prévias do PSDB”, diz Meirelles sobre ser vice de Lula, informação que circulou recentemente.
“Eu trabalhei com o então presidente Lula por oito anos, no período em que o Brasil cresceu de forma extraordinária. Por outro lado, estou trabalhando muito bem com o governador Doria”, completa.
O secretário diz que, se Doria vencer as prévias do PSDB, a terceira via pode, sim, abalar a polarização entre Lula e Bolsonaro. “Se for um candidato forte, por exemplo João Doria, o quadro pode se alterar”, afirma, apostando que o chefe crescerá nas pesquisas.
Caso seja candidato, Meirelles deve deixar o governo paulista em abril. Sobre o crescimento trimestral de 1,2% do PIB do país, afirma: “O estado cresceu 6% desde 2019, e o Brasil simplesmente volta onde estava. É relevante, mas São Paulo mostra que é possível fazer mais”.