Nomeado para comandar a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), o vereador Henrique Carballal movimentou os bastidores do PDT no ano passado, quando participou da campanha de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo da Bahia enquanto seu partido apoiava o então candidato ACM Neto (União). Mas segundo Leonardo Almeida, do Bahia Notícias, apesar de ruídos dentro da legenda, Carballal deve permanecer no PDT por interesse nas eleições de 2026.
De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, as conversas para uma possível saída do vereador dos quadros do partido esfriaram, principalmente, após os diálogos do PDT com o PSB se afunilarem para a formação da federação. Segundo articuladores, Carballal teria interesse na permanência para fortalecer seu “capital político” e lançar sua candidatura a um cargo no legislativo em 2026.
“Se a federação se formalizar, por que ele [Carballal] sairia? O PDT teria que se enquadrar ao governo estadual. Se a federação sair em 2026 ele sai para deputado”, indicou uma das lideranças do PDT.
No dia 28 de março, em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da Salvador FM 92,3 Carballal indicou que não seria candidato à reeleição em 2024, caso fosse nomeado a um cargo na gestão estadual. Na oportunidade, o agora presidente da CBPM afirmou que apoiaria o nome do ex-vereador Moisés Rocha (PT) para o substituir na Câmara Municipal.
“Se eu for para o governo, não vou ser candidato a vereador. É bem provável, que meu candidato seria Moisés Rocha, ele preferiu me apoiar na última eleição e não ser candidato, então essa gentileza seria devolvida. O retorno dele para a política seria fundamental”, disse Carballal antes de assumir a CBPM.
Desgaste no PDT
Dentro do PDT, a participação de Carballal gerou desgaste após ser um dos coordenadores da campanha de Jerônimo, indo na contramão do partido, que apoiou ACM Neto. A relação já não estava em seu melhor momento, pois o vereador também compõe a base de oposição ao prefeito Bruno Reis (União) na Câmara Municipal de Salvador (CMS), sendo que a legenda possui quadros no governo, como, por exemplo, a vice-prefeita e secretária de Saúde, Ana Paula Matos.
O desgaste foi tanto que, o agora o deputado estadual, Emerson Penalva (PDT), chegou a pedir a expulsão de Carballal dos quadros do partido em novembro do ano passado. Segundo Penalva, o seu correligionário não seguiu as orientações da sigla durante o período eleitoral e, também, não estava votando junto com a bancada na Câmara Municipal de Salvador.