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Fernando Haddad, 61 anos, está na pista. De novo, conforme José Casado, colunista da Veja.
Na quarta-feira (27), o ministro da Fazenda gastou sete minutos e meio em cadeia nacional de rádio e televisão para falar aos “queridos brasileiros e brasileiras” – nessa ordem–, às “famílias brasileiras” e à “nossa gente”.
Fez um discurso ancorado ainda de acordo com o colunista, no verbo “garantir”, permeado pela ideia de “justiça” (oito citações), e amparado em promessas de “eficiência” e de avanços”. Tudo amarrado num apelo em tom religioso: “Tenham fé!”
Ele usou 900 palavras para emoldurar sua mensagem principal, um privilégio tributário: “Parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda.”
É anúncio importante, com relevância suficiente para deixar políticos muito mais intrigados com a ausência do presidente Lula da Silva (PT) na tevê e no rádio do que com o protagonismo do ministro da Fazenda.
O #Acesse Política relembra que em 2018, Haddad disputou as eleições contra Jair Bolsonaro (PL), e perdeu. Na época, claro, o PT não tinha o governo. Agora o jogo é outro.
Lula estava na cena, mas em segundo plano. Na tevê, visível no retrato na parede. No rádio, na monofonia do ministro, Haddad lembrou os “compromissos assumidos” na campanha eleitoral de 2022.
A exposição de Haddad, naturalmente, produziu especulações em Brasília. A ausência e substituição de Lula muito mais.
Descontados os motivos imaginários, resta um fato: o petista Haddad, mais uma vez, está na pista.
