Nesta terça-feira (17), Madeleine Lacsko comentou sobre a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PEconômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Em um discurso de muitas promessas, mas pouca concretude, o ministro garantiu que é possível zerar o déficit nas contas do governo em até dois anos, disse que um dos focos de sua equipe será uma agenda de crédito para consumidores negativados e que, entre outras metas, estão a valorização do salário mínimo, o estímulo a investimentos e a ampliação do comércio entre os países da América do Sul.
Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem quatro obsessões a ser levadas para a mesa de discussões do G20: a questão da paz, o fim da desigualdade, a questão ambiental – que segundo ele teria alcançado um novo patamar para Lula – e a democracia.
Com seu discurso vago, Fernando Haddad parece ter incorporado, em Davos, o ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes —chamado por alguns de vendedor de sonhos.
Sem propostas e projetos detalhados, a falta de objetividade do petista não chega a causar tanta surpresa, já que Economia foi um tema deixado de lado por uma campanha eleitoral que esteve mais preocupada com temas religiosos, como satanismo e ocultismo.
A única coisa que Haddad pode fazer, neste momento, é apelar mesmo para a estupidez nacional, para o “nós contra eles”, o “ricos x pobres”, arrastando com a barriga até que sua equipe técnica faça propostas mais concretas. Uma saída inteligente em um país com vocação para ser feito de otário, diz Madeleine Lacsko.