O presidenciável Fernando Haddad (PT) acenou a seu adversário pelo PDT, Ciro Gomes, e a outros candidatos “de centro-esquerda” para uma composição em eventual segundo turno e mesmo para equipe de governo, caso seja eleito.
A declaração foi dada, nesta última segunda-feira (17), durante sabatina promovida pelo UOL com os candidatos à Presidência, em parceria com o jornal “Folha de S.Paulo” e o SBT.
“O Ciro é meu amigo, é uma pessoa que estimo”, disse. “Eu falei com ele, não o Lula. Eu o procurei em janeiro, falei com o [filósofo] Mangabeira Unger na minha casa.”
O petista ainda afirmou ter levado o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para falar com Lula no Instituto Lula, em São Paulo, em fevereiro deste ano. Na pauta, disse, estava a possibilidade de união eleitoral. “Fui o que mais buscou aproximar a centro-esquerda, de todas as partes, para lutar contra esse obscurantismo que está solto. Continuarei lutando para que estejamos juntos – não foi possível no primeiro turno, será possível no segundo, e, mais ainda, no governo”, afirmou.
Na oportunidade, o petista acrescentou: “Não é nem bacana para a sociedade a gente, em função da disputa de primeiro turno, ficar rebaixando os demais [adversários]. Se quer saber, eu vou é enaltecer as pessoas de centro-esquerda porque quero estar com elas no segundo turno e quero estar com elas no governo”, reforçou. “Você não vai ouvir de mim nada desabonador em relação às pessoas que acho que comporão o governo que vai salvar o Brasil dessa crise”, concluiu.
Na última pesquisa do Datafolha, divulgada na última sexta (14), Ciro e Haddad apareceram empatados em segundo lugar, com 13% das intenções de voto, atrás apenas de Jair Bolsonaro (PSL), com 26%.