Questionado sobre qual seria a participação de José Dirceu no governo se ganhasse as eleições, o candidato Fernando Haddad (PT) respondeu rápido, na manhã desta quarta-feira (3): “Nenhum papel para ficar bem claro. Não há nenhum papel”, repetiu.
Há uma semana, em entrevista ao jornal El País, Dirceu afirmou que, numa possibilidade de o PT ganhar as eleições e não conseguir assumir a Presidência, o partido tomaria o poder.
Condenado duas vezes em segunda instância com penas que juntas somam mais de 39 anos de pena, Dirceu foi solto após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e responde aos processos em liberdade desde junho.
Em relação a uma possível participação de Lula no governo, Haddad declarou que nunca deixará de ouvir o ex-presidente. “O Lula é o maior estadista da história desse país. É a pessoa que mais projetou o Brasil no mundo por boas razões.”
O ex-prefeito de São Paulo disse acreditar na liberdade de Lula antes de tomar posse. “O presidente vai ser Fernando Haddad, mas eu jamais vou me negar a conversar com o ex-presidente Lula e eu espero que, até minha posse, ele já tenha sido absolvido. O recurso dele subiu pra Brasília e vão reparar o erro gravíssimo que cometeram contra ele”, respondeu.
Ao ser questionado sobre se a Venezuela era uma democracia, o candidato petista afirmou que iria usar a liderança brasileira para mediar conflitos. “Não devemos entrar em guerra com nossos vizinhos em nenhuma hipótese. Não devemos tomar partido.”