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quinta-feira 26 de janeiro de 2023 às 18:20h

Guterres preocupado com protestos no Peru que mataram dezenas

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O secretário-geral das Nações Unidas expressou grande preocupação com o número de mortes ocorridas após protestos no Peru. As informações são da ONU News.

António Guterres solicita às autoridades do país que realizem investigações “rápidas, eficazes e imparciais” sobre as manifestações causadas pelas crises políticas.

Dissolução do Congresso

Segundo agências de notícias, mais de 50 pessoas morreram nos protestos desde a prisão do ex-presidente Pedro Castillo, deposto pelo Congresso em dezembro.

Agora, as manifestações em várias cidades exigem a renúncia da vice-presidente de Castillo que assumiu o poder, Dina Boluarte. Os manifestantes querem ainda a dissolução do Congresso e a convocação urgente de eleições presidenciais.

Manifestações em várias cidades peruanas, incluindo Lima, exigem a renúncia de Dina Boluarte, a dissolução do Congresso e a convocação urgente de eleições
Banco Mundial/Franz Mahr Manifestações em várias cidades peruanas, incluindo Lima, exigem a renúncia de Dina Boluarte, a dissolução do Congresso e a convocação urgente de eleições

Boluarte disse que vai continuar no cargo até 2026, quando acabaria o mandato de Castillo. Mas após os protestos, ela propôs antecipar as eleições. Um acordo nesse sentido foi adotado pelo Congresso para que o pleito aconteça no próximo ano.

Compromissos internacionais

Em comunicado emitido pelo porta-voz, o chefe da ONU pede moderação para que seja evitada uma nova escalada de violência. Guterres reitera o apelo ao governo peruano para cumprir seus compromissos internacionais sobre direitos humanos.

A mensagem enfatiza a importância de protestos pacíficos, com respeito ao direito à vida e à propriedade.

Guterres considera essencial criar as condições para um diálogo significativo e inclusivo entre o governo peruano e os manifestantes para se lidar com a atual crise.

O secretário-geral destaca que mesmo em tempos de emergência pública, as medidas que suspendem o direito de reunião pacífica devem ser limitadas ao que é “estritamente exigido pela situação e ser consistentes com outras obrigações sob o direito internacional”.

 

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