Nesta quarta-feira (25), o secretário-geral da ONU declarou estar “chocado com as interpretações erradas” de algumas das declarações feitas por ele no Conselho de Segurança na terça-feira.
Guterres destacou que sua fala deixava clara a condenação inequívoca dos “atos de terror horríveis e sem precedentes de 7 de outubro cometidos pelo Hamas em Israel.”
Esclarecimento necessário
O líder da ONU ressaltou que “nada pode justificar o assassinato, o ferimento e o sequestro deliberados de civis, ou o lançamento de mísseis contra alvos civis.”
Ele também esclareceu que “as queixas do povo palestino não podem justificar os terríveis ataques do Hamas”.
O chefe das Nações Unidas disse acreditar que “foi necessário esclarecer as coisas, especialmente por respeito às vítimas e às suas famílias.”
Na terça-feira, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, fez críticas a afirmação de Guterres que aponta que os atos de 7 de outubro “não aconteceram no vácuo” e não justificavam a punição coletiva dos palestinos.
Após a reunião do Conselho de Segurança sobre a crise no Oriente Médio, ele disse que a fala do secretário-geral buscava justificar os ataques, que deixaram cerca de 1,4 mil mortos, e disse que ele deveria “renunciar imediatamente ao cargo”.
Erdam afirmou a jornalistas que vistos seriam negados aos funcionários da ONU. Uma reunião bilateral prevista entre Guterres e o ministro das Relações exteriores israelense, Eli Cohen, foi cancelado.