Neste domingo, representantes internacionais juntam-se a famílias das vítimas e sobreviventes do lançamento da bomba atômica em Hiroshima, no Japão, em Cerimônia Memorial da Paz. A cidade de Hiroshima foi atacada em 6 de agosto, e Nagasaki, em 9 de agosto, há 78 anos no fi da Segunda Guerra Mundial.
A mensagem do líder das Nações Unidas foi lida pela subsecretária-geral para os Assuntos de Desarmamento, Izumi Nakamitsu. O texto recorda a promessa de defesa dessa causa feita por chefes de Estado e governo em todo o mundo.
Aumento da desconfiança e da divisão
Ao discursar em Hiroshima, ela alertou que “os tambores da guerra nuclear estão soando mais uma vez”, em um mundo marcado pelo aumento da desconfiança e da divisão.
Para Guterres, a sombra nuclear que pairava sobre a Guerra Fria ressurgiu e menciona o que chama de “imprudente” alusão da utilização da capacidade nuclear por alguns países.
A ONU destaca ainda que, diante dessas ameaças, a comunidade global deve falar a uma só voz lembrando que o uso de armas nucleares é inaceitável.
Memória e lições
Ao povo de Hiroshima e aos sobreviventes, conhecidos por hibakusha, o apelo de António Guterres é que estes mantenham viva a memória do bombardeio e as lições que a humanidade deve aprender por um futuro de paz.
Diante da corrida por armas nucleares, ele alertou sobre a intenção de se criar armamento ainda mais perigoso.
A ONU lançou um Documento Político sobre a Nova Agenda para a Paz que lembra o compromisso dos Estados-membros em buscar um mundo sem armas nucleares e reforçar as normas globais contra seu uso e proliferação.
Guterres pede que até que o tipo de armamento seja totalmente eliminado, os Estados que o possuem se comprometam a nunca usar.