O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou nesta sexta-feira (3) que o gasto de R$ 98 bilhões com o auxílio a trabalhadores informais supera, sozinho, todos os gastos discricionários (não obrigatórios) do governo federal, com custeio da máquina e investimentos.
“Em três meses vamos gastar mais que toda a programação anual dos ministérios”, disse. “O programa de auxílio aos informais foi a primeira preocupação do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o ministro.
Guedes concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 03, no Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, todos envolvidos na megaoperação de pagamento desse auxílio a mais de 50 milhões de brasileiros.
O valor do auxílio é de R$ 600, chegando a R$ 1.200 em caso de mulheres chefes de família.
Segundo o ministro da Economia, inicialmente o programa cobriria 38 milhões de trabalhadores, mas seu alcance foi ampliado durante a tramitação no Congresso Nacional. Agora, 54 milhões de brasileiros serão beneficiados.
Guedes ressaltou que as medidas do governo para combater a crise do novo coronavírus já chegam a 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB). O déficit primário (rombo das contas públicas), por sua vez, chega a 6% do PIB nas contas do ministro. Ele ressaltou, no entanto, que as medidas são temporárias e não afetam o déficit estrutural do governo.